Estamos encerrando mais um Ano Litúrgico – o Ano A - e, no decorrer deste ano que ora findamos, nossas reflexões se fundamentaram nos escritos do evangelista Mateus, que nos orientou em nossa jornada de cristãos. Porém, as reflexões do novo Ano Litúrgico já no primeiro Domingo do Advento terão como base as narrativas do evangelista Marcos. Nesta última semana do ano litúrgico, celebramos, na quinta-feira, 24 de novembro, o Dia Nacional de Ação de Graças. A nossa Diocese celebra-o às 12 horas, na Catedral de Sant’Ana. Queremos juntos, nesse dia, estar unidos para pedirmos a paz e a tranquilidade para todos os habitantes da cidade e arredores, comprometendo-nos com a construção da fraternidade, do perdão e da paz. O Dia Nacional de Ação de Graças teve origem em 1621, na festa celebrada em gratidão a Deus pela boa safra, que garantiu a sobrevivência da frágil colônia de ingleses “peregrinos”, recém-chegados na América do Norte. Mais tarde esse dia foi oficializado e difundido. Trata-se de uma data em que se reconhece a ação de Deus na vida de um povo. No Brasil, o presidente Gaspar Dutra instituiu o Dia Nacional de Ação de Graças através da lei 781, de 17 de agosto de 1949, na quarta quinta-feira do mês de novembro, como celebramos até hoje. É interessante ver que essa data surge com um decreto presidencial, marcando para o país a sua cultura cristã de reconhecer a presença de Deus na vida do povo. Para aqueles que estão no caminho espiritual, o Dia de Ação de Graças anuncia formalmente a chegada de um novo tempo, iniciando o Advento que nos conduz ao Natal e simboliza a gratidão que sentimos à medida que nos aproximamos de Deus. Da mesma forma que o dia de Ação de Graças precede o Natal, o coração que é constantemente agradecido é um precursor do glorioso nascimento interno da Consciência Crística – alegre realização da Presença Divina em toda a criação. Deve-se aproveitar o Dia de Ação de Graças para se refletir sobre como se tem agido, como cristão, no ano que se finda: como me comportei diante da palavra de Deus? Como agi em relação a meu próximo? Movidos pela Fé, qual foi o testemunho que dei sobre Nosso Senhor Jesus Cristo? Fiz alguma boa ação? Mas o Dia de Ação de Graças evoca ainda algo mais: o momento em que se deve, sobretudo, agradecer a Deus por tudo que Ele proporciona à vida de cada um de nós, pois ela é um Dom de Deus que d’Ele se emprestou e, por ela, se deve agradecer. Agradecer a Deus, de modo especial pela vida e por tudo que concede ao ser humano, é reconhecer que Ele é o Senhor de tudo e de todos e, para tanto, é preciso estar revestido do espírito de humildade. Este dia, simboliza a gratidão que sentimos à medida que nos aproximamos de Deus. Ora, se este dia está caindo no esquecimento, isto significa que não estamos tão próximos de Deus como se pensa. Então, devemos parar e rever nossa condição de cristão e se estamos imbuídos do espírito de humildade para reconhecer que o Senhor é nosso Deus. Nesse sentido, devemos nos preocupar em resgatar o verdadeiro valor do Dia de Ação de Graças e torná-lo uma realidade não só em nossas vidas, mas também em nosso calendário, visando a exortar todos os seguidores de Nosso Senhor Jesus Cristo a celebrar este dia como ele realmente merece ser celebrado. O rápido desenvolvimento das comunicações conduz a um processo de globalização cultural, que exerce um significativo impacto sobre a nossa sociedade. Alguns efeitos são positivos, outros, porém, são, sem dúvida, negativos. Temos muito que agradecer nesse dia: a nossa caminhada pastoral, a inserção dos jovens em nossas comunidades e a vida de uma Igreja viva e pastoral que caminha em nossa Diocese de Caicó.
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