Quem nunca sentiu vontade de ser uma pessoa melhor, de acertar aquilo que está meio torto e que foi sendo "empurrado com a barriga"?
Chega uma hora que queremos melhorar, e esta Palavra nos abre uma porta. Se quisermos nos livrar e nos libertar desse espírito de melancolia que nos faz perder o gosto pela vida, há um caminho. Se queremos entrar na vida eterna precisamos respeitar certas regras, pois liberdade não é fazer tudo.
Assim como o papel se desmancha quando colocado na água, também nós temos nossos limites. Liberdade não é fazer qualquer coisa, é a possibilidade de decidir e escolher sempre respeitando os limites da nossa natureza.
O que visa os mandamentos é preservar a nossa vida e a vida dos outros, por isso a finalidade das leis de Deus é proteger a vida. Mas cumprir os mandamentos apenas por serem "leis" não traz vida ao coração. Há pessoas que vivem numa sociedade, mas são insatisfeitas com ela. Por isso não adianta obedecer a Deus por medo do castigo, precisamos saber onde pôr o nosso coração.
Se quisermos ser perfeitos, esta Palavra que está em Mateus 19,16-26 é para nós. A perfeição não é igual para todos, pois cada um possui o seu próprio caminho a seguir, no qual as renúncias e escolhas são diferentes.
Aquelas pessoas que não ligam para os bens materiais podem ser provada em outras situações.
Quando estabelecemos uma meta de perfeição, melhoramos a cada dia, mas é preciso que sejamos humildes.
A perfeição chega ao coração de quem conhece seus limites e não pára neles; ao contrário, tenta superá-los e melhorar a cada dia. O orgulhoso não se aperfeiçoa, pois o caminho do orgulhoso é inverso.
O orgulho põe a perder os maiores tesouros. Quanto maior a posição que tivermos entre os homens, mais humilde temos de ser para as pessoas nos amarem. Humildade é possuir os pés no chão e coração em Deus.
Há muitas pessoas que desejam viver na ostentação, por isso vivem mediante o pensamento dos outros, ou seja, se medem sobre o que os outros pensam sobre elas.
Acabamos sendo pessoas alienadas, pois, nos mistérios deste mundo, só os humildes se tornam sábios. De que adianta sabermos tanto, se de nada serve na nossa vida?
Somos ignorantes nas coisas essenciais. De que nos adianta possuir muito, se aquilo que temos não desfrutamos? Para que tanto dinheiro se não o usamos conosco nem com quem amamos? Há muitas pessoas infelizes, porque não descobriram o lado bom da vida. Há algumas que adoecem por falta ou excesso de cuidado consigo mesmo.
Será que o segredo para recuperar a vitalidade não é se abrir outra vez? Sempre terá algo que nos permite fazer o bem. De que adianta nos esforçarmos, se não podermos cultivar a generosidade e desfrutar da generosidade das pessoas?
A palavra de Deus nos revela que "o filho do homem não veio para ser servido, mas para servir”. Não é a verdade que nos põe tristes, mas a nossa escolha diante da verdade.
Temos alguns amigos na nossa vida que só nos elogiam, mas há outros que chamam nossa atenção e nos criticam. Devemos ficar mais próximos daqueles que nos criticam do que das pessoas que nos exaltam, pois estes estão nos fazendo o bem. Haverão amigos em nossa vida que vão nos incomodar pela verdade que nos dizem, mais do aqueles que só passam a mão na nossa cabeça. Há situações em nossa vida pelas quais apenas nós mesmos somos responsáveis.
Se alguém erra, culpá-lo não vai lhe dar a chance que ela perdeu; culpá-lo não o fará acertar. O sábio busca a perfeição, mas se ele não a atinge, não vai se culpar.
O mesmo chamado que Jesus fez ao homem rico, Ele o fez a Mateus seu discípulo.
Quando pedimos ao Senhor que nos coloque diante da verdade, Ele nunca falha. É importante fazer um balanço da nossa vida e nos lembrarmos das coisas más que fizemos para não cometermos o mesmo erro novamente. Mais do que as nossas obras, o nosso coração também tem que fazer o bem.
Vamos pedir uma semana diferente, vamos ensinar a bondade a alguém. Se quisermos ser perfeitos, vamos obedecer a Palavra de Deus.
31 de janeiro de 2012
Cristo estende a mão para você!
Jesus chora em nosso meio, Ele conhece a nossa condição e sabe que a situação vivida por nós é consequência da ação do inimigo de Deus, que também é inimigo d'Ele. Satanás não quer que sintamos o amor do Senhor por nós, por isso ele pisa em nós e recalca nossas mentes e pensamentos como barro.
O Senhor quer deixar claro que não é Ele quem tem agido dessa maneira conosco, mas o maligno. Jesus não quer mais que acreditemos que somos inferiores, incapacitados, rejeitados, não amados, condenados, acusados, mas que creiamos n'Ele.
Cristo está no nosso meio e estende a mão para nos tirar de sob os pés do inimigo e de seu tacão. Quer que acreditemos no Seu amor e saibamos que Ele não nos tem acusado. Satanás é que tem feito isso, condenando-nos, jogando em nossa cara os erros presentes e passados e fazendo-nos crer que é Jesus que tem agido assim.
Jesus quer que creiamos no Seu amor, na Sua infinita misericórdia e nos convertamos.
Deus o abençoe!
O Senhor quer deixar claro que não é Ele quem tem agido dessa maneira conosco, mas o maligno. Jesus não quer mais que acreditemos que somos inferiores, incapacitados, rejeitados, não amados, condenados, acusados, mas que creiamos n'Ele.
Cristo está no nosso meio e estende a mão para nos tirar de sob os pés do inimigo e de seu tacão. Quer que acreditemos no Seu amor e saibamos que Ele não nos tem acusado. Satanás é que tem feito isso, condenando-nos, jogando em nossa cara os erros presentes e passados e fazendo-nos crer que é Jesus que tem agido assim.
Jesus quer que creiamos no Seu amor, na Sua infinita misericórdia e nos convertamos.
Deus o abençoe!
São João Bosco 31 de Janeiro
Nasceu perto de Turim, na Itália, em 1815. Muito cedo conheceu o que significava a palavra sofrimento, pois perdeu o pai tendo apenas 2 anos. Sofreu incompreensões por causa de um irmão muito violento que teve. Dom Bosco quis ser sacerdote, mas sua mãe o alertava: “Se você quer ser padre para ser rico, eu não vou visitá-lo, porque nasci na pobreza e quero morrer nela”.
Logo, Dom Bosco foi crescendo diante do testemunho de sua mãe Margarida, uma mulher de oração e discernimento. Ele teve que sair muito cedo de casa, mas aquele seu desejo de ser padre o acompanhou. Com 26 anos de idade, ele recebeu a graça da ordenação sacerdotal. Um homem carismático, Dom Bosco sofreu. Desde cedo, ele foi visitado por sonhos proféticos que só vieram a se realizar ao longo dos anos. Um homem sensível, de caridade com os jovens, se fez tudo para todos. Dom Bosco foi ao encontro da necessidade e da realidade daqueles jovens que não tinham onde viver, necessitavam de uma nova evangelização, de acolhimento. Um sacerdote corajoso, mas muito incompreendido. Foi chamado de louco por muitos devido à sua ousadia e à sua docilidade ao Divino Espírito Santo.
Dom Bosco, criador dos oratórios. Catequeses e orientações profissionais foram surgindo para os jovens. Enfim, Dom Bosco era um homem voltado para o céu e, por isso, enraizado com o sofrimento humano, especialmente, dos jovens. Grande devoto da Santíssima Virgem Auxiliadora, foi um homem de trabalho e oração. Exemplo para os jovens, foi pai e mestre, como encontramos citado na liturgia de hoje. São João Bosco foi modelo, mas também soube observar tantos outros exemplos. Fundou a Congregação dos Salesianos dedicada à proteção de São Francisco de Sales, que foi o santo da mansidão. Isso que Dom Bosco foi também para aqueles jovens e para muitos, inclusive aqueles que não o compreendiam.
Para a Canção Nova, para a Igreja e para todos nós, é um grande intercessor, porque viveu a intimidade com Nosso Senhor. Homem orante, de um trabalho santificado, em tudo viveu a inspiração de Deus. Deixou uma grande família, um grande exemplo de como viver na graça, fiel a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Em 31 de janeiro de 1888, tendo se desgastado por amor a Deus e pela salvação das almas, ele partiu. Mas está conosco no seu testemunho e na sua intercessão.
São João Bosco, rogai por nós!
Logo, Dom Bosco foi crescendo diante do testemunho de sua mãe Margarida, uma mulher de oração e discernimento. Ele teve que sair muito cedo de casa, mas aquele seu desejo de ser padre o acompanhou. Com 26 anos de idade, ele recebeu a graça da ordenação sacerdotal. Um homem carismático, Dom Bosco sofreu. Desde cedo, ele foi visitado por sonhos proféticos que só vieram a se realizar ao longo dos anos. Um homem sensível, de caridade com os jovens, se fez tudo para todos. Dom Bosco foi ao encontro da necessidade e da realidade daqueles jovens que não tinham onde viver, necessitavam de uma nova evangelização, de acolhimento. Um sacerdote corajoso, mas muito incompreendido. Foi chamado de louco por muitos devido à sua ousadia e à sua docilidade ao Divino Espírito Santo.
Dom Bosco, criador dos oratórios. Catequeses e orientações profissionais foram surgindo para os jovens. Enfim, Dom Bosco era um homem voltado para o céu e, por isso, enraizado com o sofrimento humano, especialmente, dos jovens. Grande devoto da Santíssima Virgem Auxiliadora, foi um homem de trabalho e oração. Exemplo para os jovens, foi pai e mestre, como encontramos citado na liturgia de hoje. São João Bosco foi modelo, mas também soube observar tantos outros exemplos. Fundou a Congregação dos Salesianos dedicada à proteção de São Francisco de Sales, que foi o santo da mansidão. Isso que Dom Bosco foi também para aqueles jovens e para muitos, inclusive aqueles que não o compreendiam.
Para a Canção Nova, para a Igreja e para todos nós, é um grande intercessor, porque viveu a intimidade com Nosso Senhor. Homem orante, de um trabalho santificado, em tudo viveu a inspiração de Deus. Deixou uma grande família, um grande exemplo de como viver na graça, fiel a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Em 31 de janeiro de 1888, tendo se desgastado por amor a Deus e pela salvação das almas, ele partiu. Mas está conosco no seu testemunho e na sua intercessão.
São João Bosco, rogai por nós!
Prostre-se aos pés de Jesus e suplique a ajuda d’Ele Postado por: homilia
Jairo era chefe de uma sinagoga. Entre as atribuições dele estavam a presidência da assembleia, a interpretação da a Lei, a decisão sobre questões legais, a administração da justiça, abençoar os casamentos e decretar os divórcios, a direção do culto na sinagoga, a seleção daqueles que deveriam liderar a oração, ler as Escrituras e pregar. Geralmente apenas uma pessoa ocupava essa posição em cada sinagoga, tornando-se alguém influente em sua comunidade.
Jairo era um homem respeitado, culto, inteligente, com boa formação acadêmica e religiosa. Mas quando Jesus desceu do barco e a multidão festejava o Seu retorno, o semblante dele [Jairo] não era de alegria. Ele demonstrava um misto de tristeza e esperança: sua filha de doze anos estava à beira da morte.
A multidão está reunida em torno de Jesus (5,21) e não na sinagoga. O próprio chefe da sinagoga, Jairo, vem também a Jesus, em busca de socorro para sua filha que estava prestes a morrer.
Jairo lançou-se aos pés de Jesus Cristo. Seria esta uma atitude de desespero ou de fé? De qualquer forma, o homem parece enxergar no Senhor a única possibilidade para salvar sua filha doente. Ele rogava a Jesus “com insistência”. Aqui, sim, aparece um sinal indiscutível de fé e perseverança. Mais tarde essa fé será provada ao extremo.
Perder um filho certamente é uma experiência tenebrosa. É uma situação que foge ao curso natural da vida. A Bíblia não dá detalhes sobre a doença da filha de Jairo, mas é certo que era algo muito grave. Jairo vivia sob a sombra da morte de sua única filha.
É fácil imaginar que ele tenha usado de todos os recursos disponíveis para curá-la. Os melhores médicos, os melhores remédios. Cuidado e carinho não devem ter faltado àquela menina. Mas ainda assim, a morte rondava a vida daquela família e Jairo, o chefe da sinagoga, não podia fazer mais nada.
Acompanhando Jairo, Jesus para e dá atenção a uma mulher excluída, que O toca e fica curada. A dedicação ao chefe da sinagoga não distrai Jesus da atenção para com os pobres excluídos, e até os prioriza. O caso da mulher com hemorragia também traz seus significados: a mulher com este problema naquela época era considerada impura e vivia excluída da sociedade. Mais uma vez Jesus vai realizar um milagre que resultará na inclusão social.
Vemos que, enquanto Jesus cura e dialoga com a mulher com perda de sangue, a situação da menina se agrava ao extremo: ela morre. Alguém (pessimista, sem fé) diz a Jairo para “não incomodar mais o Mestre”, pois tudo já está perdido. Jesus pede a Jairo que mantenha a fé; e este persevera. Para quem crê em Deus sempre há uma esperança; a morte não é o que parece. Surge aqui uma ligação com os ensinamentos escatológicos de Jesus: há vida após a morte; a morte não é o fim de tudo; para quem crê em Cristo há ressurreição!
Na casa de Jairo, parentes e amigos estavam chorando e fazendo grandes lamentações. Para aqueles que não creem em Jesus, a morte é o fim de tudo. O desespero toma conta da casa (família, coração, vida). É uma situação irreversível? Jesus mostra que não. Ele entrou na casa, tudo vai ser mudado, como em Zaqueu (cf Lc 19). Na casa do chefe da sinagoga, aqueles que até então choravam agora zombam de Jesus. Tomando a menina pela mão, o Senhor ordena que ela se levante. E ela se levanta. Jesus fala que deem de comer à menina, realçando sua recuperação.
A fé perseverante de Jairo até o fim obtém o resultado. Aquilo que parecia impossível acontece para aqueles que se entregam na fé em Jesus. A tristeza na casa desaparece quando Jesus entra nela.
Você está vivendo uma situação parecida com a de Jairo? Talvez não com uma filha à beira da morte, mas com alguma situação sobre a qual você já não tem mais o controle? Você já usou todos os seus recursos, a sua inteligência e a sua influência para solucionar essa questão, mas nada mudou?
Eu quero encorajá-lo a tomar uma atitude que deveria ter sido tomada desde o começo da sua angústia: prostrar-se aos pés de Jesus e suplicar a ajuda d’Ele.
O chefe da sinagoga, sem alternativa para doença da filha, foi procurar Jesus. Mas aqueles que conhecem o Filho de Deus como seu Salvador não precisam esperar. Podem suplicar e clamar por socorro em qualquer tempo.
As coisas andam complicadas? Parece que nada dá certo? Parece que na batalha da vida você sempre está perdendo? Os problemas são maiores que sua capacidade de resolvê-los? Faça como Jairo, prostre-se aos pés de Jesus e suplique que Ele vá até sua casa! O Senhor Jesus prontamente atendeu ao chamado do chefe da sinagoga e também vai atender ao seu chamado.
A tristeza em nossa vida também desaparece quando permitimos a entrada de Cristo.
Jairo era um homem respeitado, culto, inteligente, com boa formação acadêmica e religiosa. Mas quando Jesus desceu do barco e a multidão festejava o Seu retorno, o semblante dele [Jairo] não era de alegria. Ele demonstrava um misto de tristeza e esperança: sua filha de doze anos estava à beira da morte.
A multidão está reunida em torno de Jesus (5,21) e não na sinagoga. O próprio chefe da sinagoga, Jairo, vem também a Jesus, em busca de socorro para sua filha que estava prestes a morrer.
Jairo lançou-se aos pés de Jesus Cristo. Seria esta uma atitude de desespero ou de fé? De qualquer forma, o homem parece enxergar no Senhor a única possibilidade para salvar sua filha doente. Ele rogava a Jesus “com insistência”. Aqui, sim, aparece um sinal indiscutível de fé e perseverança. Mais tarde essa fé será provada ao extremo.
Perder um filho certamente é uma experiência tenebrosa. É uma situação que foge ao curso natural da vida. A Bíblia não dá detalhes sobre a doença da filha de Jairo, mas é certo que era algo muito grave. Jairo vivia sob a sombra da morte de sua única filha.
É fácil imaginar que ele tenha usado de todos os recursos disponíveis para curá-la. Os melhores médicos, os melhores remédios. Cuidado e carinho não devem ter faltado àquela menina. Mas ainda assim, a morte rondava a vida daquela família e Jairo, o chefe da sinagoga, não podia fazer mais nada.
Acompanhando Jairo, Jesus para e dá atenção a uma mulher excluída, que O toca e fica curada. A dedicação ao chefe da sinagoga não distrai Jesus da atenção para com os pobres excluídos, e até os prioriza. O caso da mulher com hemorragia também traz seus significados: a mulher com este problema naquela época era considerada impura e vivia excluída da sociedade. Mais uma vez Jesus vai realizar um milagre que resultará na inclusão social.
Vemos que, enquanto Jesus cura e dialoga com a mulher com perda de sangue, a situação da menina se agrava ao extremo: ela morre. Alguém (pessimista, sem fé) diz a Jairo para “não incomodar mais o Mestre”, pois tudo já está perdido. Jesus pede a Jairo que mantenha a fé; e este persevera. Para quem crê em Deus sempre há uma esperança; a morte não é o que parece. Surge aqui uma ligação com os ensinamentos escatológicos de Jesus: há vida após a morte; a morte não é o fim de tudo; para quem crê em Cristo há ressurreição!
Na casa de Jairo, parentes e amigos estavam chorando e fazendo grandes lamentações. Para aqueles que não creem em Jesus, a morte é o fim de tudo. O desespero toma conta da casa (família, coração, vida). É uma situação irreversível? Jesus mostra que não. Ele entrou na casa, tudo vai ser mudado, como em Zaqueu (cf Lc 19). Na casa do chefe da sinagoga, aqueles que até então choravam agora zombam de Jesus. Tomando a menina pela mão, o Senhor ordena que ela se levante. E ela se levanta. Jesus fala que deem de comer à menina, realçando sua recuperação.
A fé perseverante de Jairo até o fim obtém o resultado. Aquilo que parecia impossível acontece para aqueles que se entregam na fé em Jesus. A tristeza na casa desaparece quando Jesus entra nela.
Você está vivendo uma situação parecida com a de Jairo? Talvez não com uma filha à beira da morte, mas com alguma situação sobre a qual você já não tem mais o controle? Você já usou todos os seus recursos, a sua inteligência e a sua influência para solucionar essa questão, mas nada mudou?
Eu quero encorajá-lo a tomar uma atitude que deveria ter sido tomada desde o começo da sua angústia: prostrar-se aos pés de Jesus e suplicar a ajuda d’Ele.
O chefe da sinagoga, sem alternativa para doença da filha, foi procurar Jesus. Mas aqueles que conhecem o Filho de Deus como seu Salvador não precisam esperar. Podem suplicar e clamar por socorro em qualquer tempo.
As coisas andam complicadas? Parece que nada dá certo? Parece que na batalha da vida você sempre está perdendo? Os problemas são maiores que sua capacidade de resolvê-los? Faça como Jairo, prostre-se aos pés de Jesus e suplique que Ele vá até sua casa! O Senhor Jesus prontamente atendeu ao chamado do chefe da sinagoga e também vai atender ao seu chamado.
A tristeza em nossa vida também desaparece quando permitimos a entrada de Cristo.
Evangelho (Marcos 5,21-43) Terça-Feira, 31 de Janeiro de 2012
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 21Jesus atravessou de novo, numa barca, para a outra margem. Uma numerosa multidão se reuniu junto dele, e Jesus ficou na praia. 22Aproximou-se, então, um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando viu Jesus, caiu a seus pés, 23e pediu com insistência: “Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!”
24Jesus então o acompanhou. Numerosa multidão o seguia e comprimia. 25Ora, achava-se ali uma mulher que, há doze anos, estava com hemorragia; 26tinha sofrido nas mãos de muitos médicos, gastou tudo o que possuía, e, em vez de melhorar, piorava cada vez mais.
27Tendo ouvido falar de Jesus, aproximou-se dele por detrás, no meio da multidão, e tocou na sua roupa. 28Ela pensava: “Se eu ao menos tocar na roupa dele, ficarei curada”. 29A hemorragia parou imediatamente, e a mulher sentiu dentro de si que estava curada da doença. 30Jesus logo percebeu que uma força tinha saído dele. E, voltando-se no meio da multidão, perguntou: “Quem tocou na minha roupa?” 31Os discípulos disseram: “Estás vendo a multidão que te comprime e ainda perguntas: ‘Quem me tocou’?”
32Ele, porém, olhava ao redor para ver quem havia feito aquilo. 33A mulher, cheia de medo e tremendo, percebendo o que lhe havia acontecido, veio e caiu aos pés de Jesus, e contou-lhe toda a verdade. 34Ele lhe disse: “Filha, a tua fé te curou. Vai em paz e fica curada dessa doença”.
35Ele estava ainda falando, quando chegaram alguns da casa do chefe da sinagoga, e disseram a Jairo: “Tua filha morreu. Por que ainda incomodar o mestre?” 36Jesus ouviu a notícia e disse ao chefe da sinagoga: “Não tenhas medo. Basta ter fé!” 37E não deixou que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e seu irmão João. 38Quando chegaram à casa do chefe da sinagoga, Jesus viu a confusão e como estavam chorando e gritando.
39Então, ele entrou e disse: “Por que essa confusão e esse choro? A criança não morreu, mas está dormindo”. 40Começaram então a caçoar dele. Mas, ele mandou que todos saíssem, menos o pai e a mãe da menina, e os três discípulos que o acompanhavam. Depois entraram no quarto onde estava a criança. 41Jesus pegou na mão da menina e disse: “Talitá cum” — que quer dizer: “Menina, levanta-te!” 42Ela levantou-se imediatamente e começou a andar, pois tinha doze anos. E todos ficaram admirados. 43Ele recomendou com insistência que ninguém ficasse sabendo daquilo. E mandou dar de comer à menina.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 21Jesus atravessou de novo, numa barca, para a outra margem. Uma numerosa multidão se reuniu junto dele, e Jesus ficou na praia. 22Aproximou-se, então, um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo. Quando viu Jesus, caiu a seus pés, 23e pediu com insistência: “Minha filhinha está nas últimas. Vem e põe as mãos sobre ela, para que ela sare e viva!”
24Jesus então o acompanhou. Numerosa multidão o seguia e comprimia. 25Ora, achava-se ali uma mulher que, há doze anos, estava com hemorragia; 26tinha sofrido nas mãos de muitos médicos, gastou tudo o que possuía, e, em vez de melhorar, piorava cada vez mais.
27Tendo ouvido falar de Jesus, aproximou-se dele por detrás, no meio da multidão, e tocou na sua roupa. 28Ela pensava: “Se eu ao menos tocar na roupa dele, ficarei curada”. 29A hemorragia parou imediatamente, e a mulher sentiu dentro de si que estava curada da doença. 30Jesus logo percebeu que uma força tinha saído dele. E, voltando-se no meio da multidão, perguntou: “Quem tocou na minha roupa?” 31Os discípulos disseram: “Estás vendo a multidão que te comprime e ainda perguntas: ‘Quem me tocou’?”
32Ele, porém, olhava ao redor para ver quem havia feito aquilo. 33A mulher, cheia de medo e tremendo, percebendo o que lhe havia acontecido, veio e caiu aos pés de Jesus, e contou-lhe toda a verdade. 34Ele lhe disse: “Filha, a tua fé te curou. Vai em paz e fica curada dessa doença”.
35Ele estava ainda falando, quando chegaram alguns da casa do chefe da sinagoga, e disseram a Jairo: “Tua filha morreu. Por que ainda incomodar o mestre?” 36Jesus ouviu a notícia e disse ao chefe da sinagoga: “Não tenhas medo. Basta ter fé!” 37E não deixou que ninguém o acompanhasse, a não ser Pedro, Tiago e seu irmão João. 38Quando chegaram à casa do chefe da sinagoga, Jesus viu a confusão e como estavam chorando e gritando.
39Então, ele entrou e disse: “Por que essa confusão e esse choro? A criança não morreu, mas está dormindo”. 40Começaram então a caçoar dele. Mas, ele mandou que todos saíssem, menos o pai e a mãe da menina, e os três discípulos que o acompanhavam. Depois entraram no quarto onde estava a criança. 41Jesus pegou na mão da menina e disse: “Talitá cum” — que quer dizer: “Menina, levanta-te!” 42Ela levantou-se imediatamente e começou a andar, pois tinha doze anos. E todos ficaram admirados. 43Ele recomendou com insistência que ninguém ficasse sabendo daquilo. E mandou dar de comer à menina.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
29 de janeiro de 2012
Confissão: nossa fortaleza, Jesus nos cura da paralisia espiritual
Todos os pormenores que envolveram a cura do paralítico (cf. Mc 2,1-12) são profundamente significativos. Aquela doença era bem o símbolo da paralisia espiritual e Jesus, com Seu poder divino, cura a moléstia do corpo e da alma. Com efeito, aquele homem saiu andando, carregando a cama em que o trouxeram até Cristo, que realizou algo ainda mais admirável ao lhe restituir a saúde da alma: “Teus pecados estão perdoados”.
Após Sua Ressurreição, Cristo, que demonstrou peremptoriamente Sua divindade, outorgaria esta faculdade aos apóstolos: “A quem perdoardes os pecados, estes lhes serão perdoados” (Jo 20,23). Era a instituição do sacramento da penitência, o sacramento da libertação. Quando alguém diz que vai se confessar não se trata de um ato qualquer como ir ao dentista ou a qualquer consultório médico, o que já indica um mal corporal, mas atitude que se torna necessária para recuperar o bem-estar físico.
Entretanto, o sacramento da reconciliação opera uma cura muito mais premente, que não admite nenhuma dilação, pois se trata do reencontro pessoal com Aquele que ama o que errou muito além de sua expectativa. Esse sacramento oferece o perdão das faltas veniais ou graves, sendo remédio espiritual que fortalece o cristão para os embates contra as investivas do maligno. Sana as falhas das eivas provenientes dos pecados capitais, sobretudo, do defeito dominante.
O sacerdote é apenas um instrumento do Redentor, pois pronuncia, em Seu nome, a fórmula da absolvição. É Jesus quem cura a paralisia espiritual e ajuda para a caminhada rumo a Jerusalém celeste, impedindo as más decisões e as indecisões diante dos ataques demoníacos. O arrependimento sincero é uma volta medicinal aos erros passados, mas, sobretudo, uma largada para frente, para vitórias fulgurantes, obstando o cristão a desistir do mal, na prática das virtudes, na fidelidade à observância dos mandamentos, no anelo ardente de estar com Deus por toda a eternidade. Tira-se um fardo pesado e se imerge no oceano do amor infinito do Ser Supremo.
Percebe-se então que há uma diferença enorme entre o perdão dos homens e o do Criador, pois este é total. O Todo-Poderoso falou por intermédio do profeta Isaías: “Eu não me lembrarei mais dos teus pecados” (Is 43,25). Perdão completo que apaga as manchas devidas à fragilidade humana, benesse ofertada pelo grande amor do Senhor, que é a bondade infinita. Cumpre lembrar que o ato de dileção dos amigos do paralítico permitiu seu encontro com Jesus, encontro que resultou em consequências tão maravilhosas.
Este é um apostolado muito abençoado por Jesus, levar os que estão nas trevas do erro para a luz da anistia divina. Aqueles que se comprimiam ao redor do Redentor tinham uma confiança formidável n'Ele. Cristo, que lia os corações, percebia a fidúcia que neles reinava. Primeiro, foram perdoados os pecados daquele doente, depois se seguiu sua cura. Eis porque, sobretudo, por ocasião de alguma moléstia, é preciso, antes de tudo, colocar a consciência em paz, mesmo porque os medicamentos só produzirão seu efeito total quando a tranquilidade e a imperturbabilidade imperam dentro do coração. Este não deve estar bloqueado, dado que é todo processo psicossomático que necessita ser restaurado.
Os empecilhos que levam à paralisia espiritual podem vir de um passado infeliz, e tudo que esteja lá no inconsciente precisa ser aflorado, ou de um espírito rancoroso, revoltado, amargo que necessita se envolver num perdão cordial ou ainda dos muitos cuidados, ambições terrenas, paixões desregradas, situações familiares, profissionais. Numerosas são as causas que podem impedir o encontro com Jesus. Um sincero exame de consciência é a melhor de todas as terapias.
Com habilidade, diplomacia e muita caridade os bons cristãos podem, de fato, ajudar os amigos a encontrarem o Médico Divino, apostolado admirável, meritório para o dia do juízo final. Adite-se ser de um valor imenso as preces pela conversão dos pecadores. Jesus deseja perdoar a todos, mas respeita a liberdade de nos aproximarmos d'Ele ou não, e conta com o interesse dos verdadeiros cristãos que levem outros até Ele.
Representante de Cristo, o padre no confessionário exerce um tríplice papel. Ele é Juiz e, na verdade quantos, às vezes, pensam estar numa triste situação espiritual e, no entanto, necessitam apenas de pequenos ajustamentos vivenciais. Médico, ele cura enfermidades da alma. Nem sempre o mesmo remédio pode ser aplicado a idêntico tipo de doença, sendo morte para um o que é saúde para o outro. É o que se dá também na esfera espiritual: o confessor, habilmente, diagnostica o que se passa com quem o procura em busca de paz interior, oferecendo-lhe o medicamento adequado. Mestre, ele guia e aponta as veredas salvíficas; tudo isso em nome de Jesus, que tem poder de perdoar pecados.
Após Sua Ressurreição, Cristo, que demonstrou peremptoriamente Sua divindade, outorgaria esta faculdade aos apóstolos: “A quem perdoardes os pecados, estes lhes serão perdoados” (Jo 20,23). Era a instituição do sacramento da penitência, o sacramento da libertação. Quando alguém diz que vai se confessar não se trata de um ato qualquer como ir ao dentista ou a qualquer consultório médico, o que já indica um mal corporal, mas atitude que se torna necessária para recuperar o bem-estar físico.
Entretanto, o sacramento da reconciliação opera uma cura muito mais premente, que não admite nenhuma dilação, pois se trata do reencontro pessoal com Aquele que ama o que errou muito além de sua expectativa. Esse sacramento oferece o perdão das faltas veniais ou graves, sendo remédio espiritual que fortalece o cristão para os embates contra as investivas do maligno. Sana as falhas das eivas provenientes dos pecados capitais, sobretudo, do defeito dominante.
O sacerdote é apenas um instrumento do Redentor, pois pronuncia, em Seu nome, a fórmula da absolvição. É Jesus quem cura a paralisia espiritual e ajuda para a caminhada rumo a Jerusalém celeste, impedindo as más decisões e as indecisões diante dos ataques demoníacos. O arrependimento sincero é uma volta medicinal aos erros passados, mas, sobretudo, uma largada para frente, para vitórias fulgurantes, obstando o cristão a desistir do mal, na prática das virtudes, na fidelidade à observância dos mandamentos, no anelo ardente de estar com Deus por toda a eternidade. Tira-se um fardo pesado e se imerge no oceano do amor infinito do Ser Supremo.
Percebe-se então que há uma diferença enorme entre o perdão dos homens e o do Criador, pois este é total. O Todo-Poderoso falou por intermédio do profeta Isaías: “Eu não me lembrarei mais dos teus pecados” (Is 43,25). Perdão completo que apaga as manchas devidas à fragilidade humana, benesse ofertada pelo grande amor do Senhor, que é a bondade infinita. Cumpre lembrar que o ato de dileção dos amigos do paralítico permitiu seu encontro com Jesus, encontro que resultou em consequências tão maravilhosas.
Este é um apostolado muito abençoado por Jesus, levar os que estão nas trevas do erro para a luz da anistia divina. Aqueles que se comprimiam ao redor do Redentor tinham uma confiança formidável n'Ele. Cristo, que lia os corações, percebia a fidúcia que neles reinava. Primeiro, foram perdoados os pecados daquele doente, depois se seguiu sua cura. Eis porque, sobretudo, por ocasião de alguma moléstia, é preciso, antes de tudo, colocar a consciência em paz, mesmo porque os medicamentos só produzirão seu efeito total quando a tranquilidade e a imperturbabilidade imperam dentro do coração. Este não deve estar bloqueado, dado que é todo processo psicossomático que necessita ser restaurado.
Os empecilhos que levam à paralisia espiritual podem vir de um passado infeliz, e tudo que esteja lá no inconsciente precisa ser aflorado, ou de um espírito rancoroso, revoltado, amargo que necessita se envolver num perdão cordial ou ainda dos muitos cuidados, ambições terrenas, paixões desregradas, situações familiares, profissionais. Numerosas são as causas que podem impedir o encontro com Jesus. Um sincero exame de consciência é a melhor de todas as terapias.
Com habilidade, diplomacia e muita caridade os bons cristãos podem, de fato, ajudar os amigos a encontrarem o Médico Divino, apostolado admirável, meritório para o dia do juízo final. Adite-se ser de um valor imenso as preces pela conversão dos pecadores. Jesus deseja perdoar a todos, mas respeita a liberdade de nos aproximarmos d'Ele ou não, e conta com o interesse dos verdadeiros cristãos que levem outros até Ele.
Representante de Cristo, o padre no confessionário exerce um tríplice papel. Ele é Juiz e, na verdade quantos, às vezes, pensam estar numa triste situação espiritual e, no entanto, necessitam apenas de pequenos ajustamentos vivenciais. Médico, ele cura enfermidades da alma. Nem sempre o mesmo remédio pode ser aplicado a idêntico tipo de doença, sendo morte para um o que é saúde para o outro. É o que se dá também na esfera espiritual: o confessor, habilmente, diagnostica o que se passa com quem o procura em busca de paz interior, oferecendo-lhe o medicamento adequado. Mestre, ele guia e aponta as veredas salvíficas; tudo isso em nome de Jesus, que tem poder de perdoar pecados.
Peça ao Senhor o dom da fé
A fé é como um gerador de energia elétrica: enquanto permanece em ação, a energia flui; porém, quando perde o ritmo, a luz começa a falhar e tudo se apaga, permitindo, portanto, que o inimigo agrida o nosso "gerador", que é a fé.
O que agora se afirma é muito importante: os cristãos, a Igreja como um todo, estão sendo violentamente agredidos na fé, que é o dom mais precioso por permitir aos cristãos se tornarem a Arca da Aliança. Além disso, é por ela que Deus habita em cada um; que temos a visão d'Ele, acesso ao Seu poder; e por ela recebemos e usamos a autoridade d'Ele.
Peça ao Senhor o dom da fé!
Deus o abençoe!
O que agora se afirma é muito importante: os cristãos, a Igreja como um todo, estão sendo violentamente agredidos na fé, que é o dom mais precioso por permitir aos cristãos se tornarem a Arca da Aliança. Além disso, é por ela que Deus habita em cada um; que temos a visão d'Ele, acesso ao Seu poder; e por ela recebemos e usamos a autoridade d'Ele.
Peça ao Senhor o dom da fé!
Deus o abençoe!
Sirvo a um Deus vivo que liberta
O Senhor Jesus, durante Seu ministério terreno, orou por muitas pessoas perturbadas por espíritos imundos. Muitas vezes, expulsou demônios de pessoas religiosas, frequentadoras das reuniões nas sinagogas, como aquela mulher que havia dezoito anos sofria de paralisia. O espírito de enfermidade foi repreendido e a mulher tornou a andar de forma correta (cf. Lc 13,10-17).
No texto deste 4º Domingo do Tempo Comum, encontramos a narrativa da expulsão de um espírito impuro na sinagoga. É o início de uma série de conflitos de Jesus com o rígido sistema religioso judaico e com sua ideologia de superioridade. O conflito final se dará no confronto com as autoridades máximas no Templo de Jerusalém.
Na narrativa, há quatro menções ao ensino de Jesus. Com Seu ensinamento novo, Cristo causa admiração por Sua prática libertadora da doutrina legalista, elitista e excludente dos escribas, a qual se apossa dos fiéis como um espírito impuro. Jesus, que a todos ensina por meio de Sua prática, toca os corações com Seu amor misericordioso e acolhedor, expulsando deles aquele espírito impuro e libertando-os. É a mudança que vem pela Palavra libertadora e que orienta para uma nova prática nas comunidades.
A libertação é uma necessidade da Igreja, pois todos os que buscam Deus estão à procura de um socorro, seja a cura de uma doença ou enfermidade, seja o livramento de um vício, de uma perturbação, medo, depressão, angústia, ou de qualquer outro mal. Ao entrar em uma igreja, o necessitado precisa encontrar o alívio que veio buscar, ter um verdadeiro encontro com Deus.
A beleza do lugar, a liturgia ou qualquer dos atributos da Igreja devem ser coisas a ser contempladas após a libertação. Só os verdadeiramente libertos podem louvar ao Senhor de todo o coração. Não se pode dizer: “Sirvo a um Deus vivo que liberta” e viver perturbado, tendo visões de vultos e a doença como uma constante na vida. É bom lembrar também que todo aquele que busca a bênção de Deus deve crer que Ele existe (cf. Hebreus 11,6), pois “tudo é possível ao que crê” (cf. Mc 9,23); porém, a Igreja deve crer e aceitar a promessa do Senhor e buscar vivê-la.
A expulsão de demônios não é tão somente um ministério como alguns afirmam que seja, trata-se, na verdade, do primeiro passo na obra de libertação, está incluído no “ide e pregai” (cf. Mc 16,1). É uma ordem e não um pedido ou um ato facultativo a alguns que creem. É uma ordem taxativa. Ordem esta que é cumprida por todos aqueles que estão qualificados no critério “crê em mim”. Temos observado inúmeras pessoas que viviam doentes, tristes, depressivas, oprimidas, serem libertas após a oração da fé.
Os espíritos malignos convulsionam, caem por terra, são dominados e finalmente expulsos em nome do Senhor Jesus Cristo. O poder de Deus está onde há pessoas que creem, os demônios se manifestam diante do poder do nome de Jesus. Muitas vezes, mesmo antes da chamada “oração forte” feita com fé e em nome de Jesus, a libertação é necessária porque é certo que os males provêm de espíritos malignos, portanto, expulsos os demônios, o homem pode caminhar para grandes e poderosas bênçãos de Deus, o nosso Pai.
No texto deste 4º Domingo do Tempo Comum, encontramos a narrativa da expulsão de um espírito impuro na sinagoga. É o início de uma série de conflitos de Jesus com o rígido sistema religioso judaico e com sua ideologia de superioridade. O conflito final se dará no confronto com as autoridades máximas no Templo de Jerusalém.
Na narrativa, há quatro menções ao ensino de Jesus. Com Seu ensinamento novo, Cristo causa admiração por Sua prática libertadora da doutrina legalista, elitista e excludente dos escribas, a qual se apossa dos fiéis como um espírito impuro. Jesus, que a todos ensina por meio de Sua prática, toca os corações com Seu amor misericordioso e acolhedor, expulsando deles aquele espírito impuro e libertando-os. É a mudança que vem pela Palavra libertadora e que orienta para uma nova prática nas comunidades.
A libertação é uma necessidade da Igreja, pois todos os que buscam Deus estão à procura de um socorro, seja a cura de uma doença ou enfermidade, seja o livramento de um vício, de uma perturbação, medo, depressão, angústia, ou de qualquer outro mal. Ao entrar em uma igreja, o necessitado precisa encontrar o alívio que veio buscar, ter um verdadeiro encontro com Deus.
A beleza do lugar, a liturgia ou qualquer dos atributos da Igreja devem ser coisas a ser contempladas após a libertação. Só os verdadeiramente libertos podem louvar ao Senhor de todo o coração. Não se pode dizer: “Sirvo a um Deus vivo que liberta” e viver perturbado, tendo visões de vultos e a doença como uma constante na vida. É bom lembrar também que todo aquele que busca a bênção de Deus deve crer que Ele existe (cf. Hebreus 11,6), pois “tudo é possível ao que crê” (cf. Mc 9,23); porém, a Igreja deve crer e aceitar a promessa do Senhor e buscar vivê-la.
A expulsão de demônios não é tão somente um ministério como alguns afirmam que seja, trata-se, na verdade, do primeiro passo na obra de libertação, está incluído no “ide e pregai” (cf. Mc 16,1). É uma ordem e não um pedido ou um ato facultativo a alguns que creem. É uma ordem taxativa. Ordem esta que é cumprida por todos aqueles que estão qualificados no critério “crê em mim”. Temos observado inúmeras pessoas que viviam doentes, tristes, depressivas, oprimidas, serem libertas após a oração da fé.
Os espíritos malignos convulsionam, caem por terra, são dominados e finalmente expulsos em nome do Senhor Jesus Cristo. O poder de Deus está onde há pessoas que creem, os demônios se manifestam diante do poder do nome de Jesus. Muitas vezes, mesmo antes da chamada “oração forte” feita com fé e em nome de Jesus, a libertação é necessária porque é certo que os males provêm de espíritos malignos, portanto, expulsos os demônios, o homem pode caminhar para grandes e poderosas bênçãos de Deus, o nosso Pai.
28 de janeiro de 2012
Santo Tomás de Aquino
Neste dia lembramos uma das maiores figuras da teologia católica: Santo Tomás de Aquino. Conta-se que, quando criança, com cinco anos, Tomás, ao ouvir os monges cantando louvores a Deus, cheio de admiração perguntou: "Quem é Deus?".
A vida de santidade de Santo Tomás foi caracterizada pelo esforço em responder, inspiradamente para si, para os gentios e a todos sobre os Mistérios de Deus. Nasceu em 1225 numa nobre família, a qual lhe proporcionou ótima formação, porém, visando a honra e a riqueza do inteligente jovem, e não a Ordem Dominicana, que pobre e mendicante atraia o coração de Aquino.
Diante da oposição familiar, principalmente da mãe condessa, Tomás chegou a viajar às escondidas para Roma com dezenove anos, para um mosteiro dominicano. No entanto, ao ser enviado a Paris, foi preso pelos irmãos servidores do Império. Levado ao lar paterno, ficou, ordenado pela mãe, um tempo detido. Tudo isto com a finalidade de fazê-lo desistir da vocação, mas nada adiantou.
Livre e obediente à voz do Senhor, prosseguiu nos estudos sendo discípulo do mestre Alberto Magno. A vida de Santo Tomás de Aquino foi tomada por uma forte espiritualidade eucarística, na arte de pesquisar, elaborar, aprender e ensinar pela Filosofia e Teologia os Mistérios do Amor de Deus.
Pregador oficial, professor e consultor da Ordem, Santo Tomás escreveu, dentre tantas obras, a Suma Teológica e a Suma contra os gentios. Chamado "Doutor Angélico", Tomás faleceu em 1274, deixando para a Igreja o testemunho e, praticamente, a síntese do pensamento católico.
Santo Tomás de Aquino, rogai por nós
A vida de santidade de Santo Tomás foi caracterizada pelo esforço em responder, inspiradamente para si, para os gentios e a todos sobre os Mistérios de Deus. Nasceu em 1225 numa nobre família, a qual lhe proporcionou ótima formação, porém, visando a honra e a riqueza do inteligente jovem, e não a Ordem Dominicana, que pobre e mendicante atraia o coração de Aquino.
Diante da oposição familiar, principalmente da mãe condessa, Tomás chegou a viajar às escondidas para Roma com dezenove anos, para um mosteiro dominicano. No entanto, ao ser enviado a Paris, foi preso pelos irmãos servidores do Império. Levado ao lar paterno, ficou, ordenado pela mãe, um tempo detido. Tudo isto com a finalidade de fazê-lo desistir da vocação, mas nada adiantou.
Livre e obediente à voz do Senhor, prosseguiu nos estudos sendo discípulo do mestre Alberto Magno. A vida de Santo Tomás de Aquino foi tomada por uma forte espiritualidade eucarística, na arte de pesquisar, elaborar, aprender e ensinar pela Filosofia e Teologia os Mistérios do Amor de Deus.
Pregador oficial, professor e consultor da Ordem, Santo Tomás escreveu, dentre tantas obras, a Suma Teológica e a Suma contra os gentios. Chamado "Doutor Angélico", Tomás faleceu em 1274, deixando para a Igreja o testemunho e, praticamente, a síntese do pensamento católico.
Santo Tomás de Aquino, rogai por nós
Evangelho (Marcos 1,21-28)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.
21Na cidade de Cafarnaum, num dia de sábado, Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar.
22Todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da Lei.
23Estava então na sinagoga um homem possuído por um espírito mau. Ele gritou: 24“Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus”.
25Jesus o intimou: “Cala-te e sai dele!”
26Então o espírito mau sacudiu o homem com violência, deu um grande grito e saiu.
27E todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros: “O que é isto? Um ensinamento novo dado com autoridade: Ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem!”
28E a fama de Jesus logo se espalhou por toda a parte, em toda a região da Galileia.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.
21Na cidade de Cafarnaum, num dia de sábado, Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar.
22Todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da Lei.
23Estava então na sinagoga um homem possuído por um espírito mau. Ele gritou: 24“Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus”.
25Jesus o intimou: “Cala-te e sai dele!”
26Então o espírito mau sacudiu o homem com violência, deu um grande grito e saiu.
27E todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros: “O que é isto? Um ensinamento novo dado com autoridade: Ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem!”
28E a fama de Jesus logo se espalhou por toda a parte, em toda a região da Galileia.
Com Jesus não há motivo para o cristão ter medo
Muitas vezes, costumamos usar frases como “estou passando por uma tempestade” para falar que estamos passando por uma situação difícil. E quantas vezes também dizemos que nossa comunidade está navegando em “águas tranquilas” ou de “vento em popa”. Com isso, queremos dizer que no momento não há dificuldades, que tudo vai bem, as pessoas se entendem e de fora não há maiores ameaças que possam destruir o espírito comunitário.
Mas, é assim que sentimos normalmente a comunidade? Ou existem outras figuras que explicam melhor o que se passa? Por exemplo: parece que “o barco está afundando” ou uma “tempestade” atingiu nossa comunidade, ou ainda, tem muita “onda brava” querendo nos arrasar. Que significa isso? Significa que o “mar” da nossa sociedade está tão cheio de perigos e de ameaças que a gente não consegue mais se defender. Ou que os “ventos” do espírito de egoísmo e consumismo invadem tudo.
E nós? Ficamos com medo ou resistimos com confiança e coragem? Como sentimos a presença de Jesus que acalma a tempestade?
São Marcos usa essa mesma linguagem para mostrar como a comunidade cristã estava 37 anos após a Morte e Ressurreição de Jesus. Explico-me melhor:
Quando surgiu o Evangelho de Marcos, por volta do ano 70 d.C., a comunidade cristã estava sendo perseguida pelo Império Romano. A situação de medo, pavor e intranquilidade fez com que Marcos comparasse essa comunidade com um barquinho perdido no mar da vida, açoitado por ventos fortes e impedido de chegar ao porto.
Para os judeus o mar era o lugar da morada dos monstros e dos poderes da morte, onde a frágil vida do homem estava em constante perigo. Para os cristãos daquela época Jesus parece estar dormindo, pois não aparece nenhum poder divino para salvá-los das perseguições. É em vista desta situação de desespero que Marcos, na hora de escrever o seu Evangelho, como resposta positiva para as comunidades se animarem, recolhe vários episódios da vida que revelam qual o Jesus presente no meio da comunidade cristã.
Com esse episódio, Marcos procura abrir os olhos dos cristãos para mostrar-lhes que o contrário da fé não é a incredulidade, mas sim o medo. E que o medo impede de compreender Jesus como o Senhor da vida, que triunfa sobre a morte. Jesus é vencedor! Não há motivo para os cristãos terem medo. Este é o motivo do relato da tempestade acalmada.
Foi um dia pesado, de muito trabalho. Terminado o discurso das parábolas, Jesus diz: “Vamos para o outro lado!”. Do outro lado do mar da Galileia ficava uma região de gente “pagã”, que não pertencia ao povo israelita. Os discípulos sentiam medo de entrar em contato com essa gente. Do jeito que Jesus estava, eles O levam no barco, de onde tinha feito o discurso das parábolas. De tão cansado, Cristo deita e dorme. Esse é o quadro inicial que o evangelista pinta. Quadro bonito, bem humano.
O mar era um lugar que dava medo. O povo daquele tempo pensava que no mar moravam grandes monstros e onde o demônio andava solto. Quem mandava no mar eram os demônios. Por isso, na Bíblia, muitas vezes, mar não tem só o sentido de grande extensão de água, mas também símbolo de perigo e das forças do mal.
Só que muita gente não sabe que o “mar” da Galileia, na verdade, não passava de um grande lago cercado por altas montanhas. Às vezes, por entre as fendas das rochas, o vento cai em cima do lago e provoca tempestades repentinas provocando as inúmeras interpretações, como as que já vimos.
Vento forte, mar agitado, ondas… São também símbolos de agitação, ligados ao mar. Quando a primeira comunidade cristã refletia sobre essa passagem do Evangelho, lembrava-se das dificuldades e ameaças de destruição que enfrentava.
Os discípulos eram pescadores experientes. Se eles acham que vão afundar, então a situação é perigosa mesmo! A barca era um instrumento para navegar. Mas era também um símbolo da comunidade dos primeiros cristãos. Eles sentiam a sua caminhada como um barco navegando pelo mar.
Jesus nem sequer acorda e continua dormindo. Este sono profundo não é só sinal do grande cansaço, é também expressão da confiança tranquila que Ele tem em Deus. O contraste entre a atitude de Cristo e a dos discípulos é grande!
Os primeiros cristãos, muitas vezes, achavam que as dificuldades e perseguições eram maiores do que as suas forças. Jesus, que tinha prometido estar sempre junto deles, parecia estar dormindo.
Jesus Nazareno acorda, não por causa das ondas, mas por causa do grito desesperado dos discípulos. Primeiro, Ele se dirige ao mar e diz: “Fique quieto! Cale-se! Acalme-se!” E logo o mar se acalma. Não se trata de uma ordem do Senhor que tem efeitos mágicos. Marcos não quer mostrar que Jesus pode mudar as leis da natureza, quer mostrar que Ele é uma presença que vence os poderes do mal e traz de novo coragem e confiança para os seguidores que estão assustados com as dificuldades e perseguições.
Em seguida, se dirige, aos discípulos e diz: “Por que vocês têm medo? Ainda não têm fé?” A impressão que se tem é que não é preciso acalmar o mar, pois não havia nenhum perigo. É como quando você chega a uma casa e o cachorro, ao lado do dono, late muito. Aí não precisa ter medo, pois o dono está lá e controla a situação. O episódio evoca o êxodo, quando o povo, sem medo, passava pelo meio das águas do mar (cf. Ex 14,22). Evoca o profeta Isaías que dizia ao povo: “Quando passares pelas águas eu estarei contigo!” (Is 43,2). Jesus refaz o êxodo e realiza a profecia anunciada pelo Salmo 107 (106).
E acalma o mar e diz: “Então, vocês não têm fé?” Os discípulos não sabem o que responder e se perguntam: “Quem é este homem a quem até o mar e o vento obedecem?” Jesus parece um estranho para eles! Apesar da longa convivência, não sabem direito quem Ele é.
“Quem é este homem?” Com esta pergunta na cabeça, a comunidade cristã daquela época continuava sua leitura. E até hoje, é esta mesma pergunta que nos leva a continuar a leitura do Evangelho. É o desejo de conhecer sempre melhor o significado de Jesus para nossas vidas.
Mas, é assim que sentimos normalmente a comunidade? Ou existem outras figuras que explicam melhor o que se passa? Por exemplo: parece que “o barco está afundando” ou uma “tempestade” atingiu nossa comunidade, ou ainda, tem muita “onda brava” querendo nos arrasar. Que significa isso? Significa que o “mar” da nossa sociedade está tão cheio de perigos e de ameaças que a gente não consegue mais se defender. Ou que os “ventos” do espírito de egoísmo e consumismo invadem tudo.
E nós? Ficamos com medo ou resistimos com confiança e coragem? Como sentimos a presença de Jesus que acalma a tempestade?
São Marcos usa essa mesma linguagem para mostrar como a comunidade cristã estava 37 anos após a Morte e Ressurreição de Jesus. Explico-me melhor:
Quando surgiu o Evangelho de Marcos, por volta do ano 70 d.C., a comunidade cristã estava sendo perseguida pelo Império Romano. A situação de medo, pavor e intranquilidade fez com que Marcos comparasse essa comunidade com um barquinho perdido no mar da vida, açoitado por ventos fortes e impedido de chegar ao porto.
Para os judeus o mar era o lugar da morada dos monstros e dos poderes da morte, onde a frágil vida do homem estava em constante perigo. Para os cristãos daquela época Jesus parece estar dormindo, pois não aparece nenhum poder divino para salvá-los das perseguições. É em vista desta situação de desespero que Marcos, na hora de escrever o seu Evangelho, como resposta positiva para as comunidades se animarem, recolhe vários episódios da vida que revelam qual o Jesus presente no meio da comunidade cristã.
Com esse episódio, Marcos procura abrir os olhos dos cristãos para mostrar-lhes que o contrário da fé não é a incredulidade, mas sim o medo. E que o medo impede de compreender Jesus como o Senhor da vida, que triunfa sobre a morte. Jesus é vencedor! Não há motivo para os cristãos terem medo. Este é o motivo do relato da tempestade acalmada.
Foi um dia pesado, de muito trabalho. Terminado o discurso das parábolas, Jesus diz: “Vamos para o outro lado!”. Do outro lado do mar da Galileia ficava uma região de gente “pagã”, que não pertencia ao povo israelita. Os discípulos sentiam medo de entrar em contato com essa gente. Do jeito que Jesus estava, eles O levam no barco, de onde tinha feito o discurso das parábolas. De tão cansado, Cristo deita e dorme. Esse é o quadro inicial que o evangelista pinta. Quadro bonito, bem humano.
O mar era um lugar que dava medo. O povo daquele tempo pensava que no mar moravam grandes monstros e onde o demônio andava solto. Quem mandava no mar eram os demônios. Por isso, na Bíblia, muitas vezes, mar não tem só o sentido de grande extensão de água, mas também símbolo de perigo e das forças do mal.
Só que muita gente não sabe que o “mar” da Galileia, na verdade, não passava de um grande lago cercado por altas montanhas. Às vezes, por entre as fendas das rochas, o vento cai em cima do lago e provoca tempestades repentinas provocando as inúmeras interpretações, como as que já vimos.
Vento forte, mar agitado, ondas… São também símbolos de agitação, ligados ao mar. Quando a primeira comunidade cristã refletia sobre essa passagem do Evangelho, lembrava-se das dificuldades e ameaças de destruição que enfrentava.
Os discípulos eram pescadores experientes. Se eles acham que vão afundar, então a situação é perigosa mesmo! A barca era um instrumento para navegar. Mas era também um símbolo da comunidade dos primeiros cristãos. Eles sentiam a sua caminhada como um barco navegando pelo mar.
Jesus nem sequer acorda e continua dormindo. Este sono profundo não é só sinal do grande cansaço, é também expressão da confiança tranquila que Ele tem em Deus. O contraste entre a atitude de Cristo e a dos discípulos é grande!
Os primeiros cristãos, muitas vezes, achavam que as dificuldades e perseguições eram maiores do que as suas forças. Jesus, que tinha prometido estar sempre junto deles, parecia estar dormindo.
Jesus Nazareno acorda, não por causa das ondas, mas por causa do grito desesperado dos discípulos. Primeiro, Ele se dirige ao mar e diz: “Fique quieto! Cale-se! Acalme-se!” E logo o mar se acalma. Não se trata de uma ordem do Senhor que tem efeitos mágicos. Marcos não quer mostrar que Jesus pode mudar as leis da natureza, quer mostrar que Ele é uma presença que vence os poderes do mal e traz de novo coragem e confiança para os seguidores que estão assustados com as dificuldades e perseguições.
Em seguida, se dirige, aos discípulos e diz: “Por que vocês têm medo? Ainda não têm fé?” A impressão que se tem é que não é preciso acalmar o mar, pois não havia nenhum perigo. É como quando você chega a uma casa e o cachorro, ao lado do dono, late muito. Aí não precisa ter medo, pois o dono está lá e controla a situação. O episódio evoca o êxodo, quando o povo, sem medo, passava pelo meio das águas do mar (cf. Ex 14,22). Evoca o profeta Isaías que dizia ao povo: “Quando passares pelas águas eu estarei contigo!” (Is 43,2). Jesus refaz o êxodo e realiza a profecia anunciada pelo Salmo 107 (106).
E acalma o mar e diz: “Então, vocês não têm fé?” Os discípulos não sabem o que responder e se perguntam: “Quem é este homem a quem até o mar e o vento obedecem?” Jesus parece um estranho para eles! Apesar da longa convivência, não sabem direito quem Ele é.
“Quem é este homem?” Com esta pergunta na cabeça, a comunidade cristã daquela época continuava sua leitura. E até hoje, é esta mesma pergunta que nos leva a continuar a leitura do Evangelho. É o desejo de conhecer sempre melhor o significado de Jesus para nossas vidas.
Onde está o seu coração hoje?
Se quisermos saber o que é caro e importante para nós é só perguntarmos onde está o nosso coração, que não é formado só da carne, mas de todo o nosso ser.
O que foi que encheu todo o nosso dia e nos alegrou? Se soubermos com qual função ocupamos o nosso tempo saberemos onde está o nosso coração. Se respondermos que o nosso coração está em Deus é sinal de que também o nosso corpo está no Senhor. Ter um coração em Deus é também ir para a eternidade.
O nosso coração nos mostra o que é caro e precioso para nós. E essa Palavra fala do dinheiro, do que é contável, como as cédulas, que não são as únicas formas de dinheiro. E chama a nossa atenção se realmente queremos colocar o nosso coração naquilo que é passageiro e não dura eternamente.
A Palavra de Deus não é contra que tenhamos coisas materiais, mas ela quer nos levar a algo melhor e nos pergunta se sabemos o quanto a nossa vida é valiosa para nos perdermos por esses outros tesouros.
Assim como numa pesquisa foi relatado que a qualidade de vida das pessoas na velhice está ligada ao relacionamento que tiveram na juventude, a vida não está ligada aos bens materiais que a pessoa tem, mas sim ao dar valor às amizades que ela possui.
Se zelamos pela amizade, ela se torna incorruptível, não se perde, não estraga, isso se ela [amizade] for verdadeira. Amizade é uma coisa viva, por isso precisa ser cultivada, assim como para uma planta para dar flores precisa ser adubada.
Existem amizades que cuidamos e cultivamos todos os dias; assim como há algumas [amizades] que temos de dar um espaço, um tempo, mas alimentá-la sempre, para que ela não passe nem estrague.
Amizade boa é amizade velha. É um investimento que, quando a pessoa está idosa, tem alguém com quem compartilhar tudo. Uma das coisas mais importantes para nós na velhice é o fator espiritual, algo que nos dê sentido, pois passamos a vida inteira ocupados, mas chegará uma hora em que o corpo não responderá como antes. É quando seremos obrigados a parar certas atividades, começarmos a ver que a vida não tinha outro sentido que não o trabalho.
Não podemos resumir a nossa vida ao que fazemos. Além do mais, o que fazemos vai passar, e nesta sociedade, a pessoa que não produz, não tem utilidade. A Palavra de Deus se preocupa com coisas que, muitas vezes, não ligamos, como: se colocamos nosso coração em valores passageiros ou em eternos. Tudo que guardamos neste mundo é passível de corrupção, de se estragar, de se perder.
A Palavra diz para não cobiçarmos as coisas allheias; todo ser humano tem que ter projetos, sonhos, mas estes devem ter limites, pois a Palavra nos limita. A condenação está na ambição desregrada, em querer o que é do outro, assim como o que nasce de um desejo de posse sem moderação. A Palavra quer que nós nos libertemos disso.
Ela também nos manda banir a inveja, pois ela nos leva às piores ações. O termo “o que os olhos não veem o coração não sente” é porque começamos a cobiçar e a ter inveja pelos olhos. E esse mal nunca cai em casa, e sim na rua, porque o invejoso sempre anda por aí desejando ter o que é dos outros e não o que possui.
Invejar é, na verdade, a tristeza sentida diante do bem do outro e, assim, sempre descobrimos quem são realmente nossos amigos nos momentos de alegria, pois os que não nos amam não suportam a nossa felicidade! Se quem está ao nosso lado não nos ama, para ele é insuportável ficar ao nosso lado nessa hora. A inveja é o desejo sem moderação de se apropriar daquilo que é do outro.
Notamos que a Palavra de Deus não é algo que não possamos praticar, ela quer banir o mal de nós já que prejudica as pessoas intencionalmente e é pecado grave. Ainda nos ajuda ao nos mostrar que podemos combater a inveja com a humildade e com a entrega da nossa sua vida nas mãos da Divina Providência.
Existem coisas dentro de nós que temos de cortar como a cobiça e a inveja. Quantas pessoas não foram cobiçosas nem invejosas e foram felizes?
Que Deus nos revele neste momento onde está o nosso coração para que possamos descobrir o que é importante para a nossa vida.
O que foi que encheu todo o nosso dia e nos alegrou? Se soubermos com qual função ocupamos o nosso tempo saberemos onde está o nosso coração. Se respondermos que o nosso coração está em Deus é sinal de que também o nosso corpo está no Senhor. Ter um coração em Deus é também ir para a eternidade.
O nosso coração nos mostra o que é caro e precioso para nós. E essa Palavra fala do dinheiro, do que é contável, como as cédulas, que não são as únicas formas de dinheiro. E chama a nossa atenção se realmente queremos colocar o nosso coração naquilo que é passageiro e não dura eternamente.
A Palavra de Deus não é contra que tenhamos coisas materiais, mas ela quer nos levar a algo melhor e nos pergunta se sabemos o quanto a nossa vida é valiosa para nos perdermos por esses outros tesouros.
Assim como numa pesquisa foi relatado que a qualidade de vida das pessoas na velhice está ligada ao relacionamento que tiveram na juventude, a vida não está ligada aos bens materiais que a pessoa tem, mas sim ao dar valor às amizades que ela possui.
Se zelamos pela amizade, ela se torna incorruptível, não se perde, não estraga, isso se ela [amizade] for verdadeira. Amizade é uma coisa viva, por isso precisa ser cultivada, assim como para uma planta para dar flores precisa ser adubada.
Existem amizades que cuidamos e cultivamos todos os dias; assim como há algumas [amizades] que temos de dar um espaço, um tempo, mas alimentá-la sempre, para que ela não passe nem estrague.
Amizade boa é amizade velha. É um investimento que, quando a pessoa está idosa, tem alguém com quem compartilhar tudo. Uma das coisas mais importantes para nós na velhice é o fator espiritual, algo que nos dê sentido, pois passamos a vida inteira ocupados, mas chegará uma hora em que o corpo não responderá como antes. É quando seremos obrigados a parar certas atividades, começarmos a ver que a vida não tinha outro sentido que não o trabalho.
Não podemos resumir a nossa vida ao que fazemos. Além do mais, o que fazemos vai passar, e nesta sociedade, a pessoa que não produz, não tem utilidade. A Palavra de Deus se preocupa com coisas que, muitas vezes, não ligamos, como: se colocamos nosso coração em valores passageiros ou em eternos. Tudo que guardamos neste mundo é passível de corrupção, de se estragar, de se perder.
A Palavra diz para não cobiçarmos as coisas allheias; todo ser humano tem que ter projetos, sonhos, mas estes devem ter limites, pois a Palavra nos limita. A condenação está na ambição desregrada, em querer o que é do outro, assim como o que nasce de um desejo de posse sem moderação. A Palavra quer que nós nos libertemos disso.
Ela também nos manda banir a inveja, pois ela nos leva às piores ações. O termo “o que os olhos não veem o coração não sente” é porque começamos a cobiçar e a ter inveja pelos olhos. E esse mal nunca cai em casa, e sim na rua, porque o invejoso sempre anda por aí desejando ter o que é dos outros e não o que possui.
Invejar é, na verdade, a tristeza sentida diante do bem do outro e, assim, sempre descobrimos quem são realmente nossos amigos nos momentos de alegria, pois os que não nos amam não suportam a nossa felicidade! Se quem está ao nosso lado não nos ama, para ele é insuportável ficar ao nosso lado nessa hora. A inveja é o desejo sem moderação de se apropriar daquilo que é do outro.
Notamos que a Palavra de Deus não é algo que não possamos praticar, ela quer banir o mal de nós já que prejudica as pessoas intencionalmente e é pecado grave. Ainda nos ajuda ao nos mostrar que podemos combater a inveja com a humildade e com a entrega da nossa sua vida nas mãos da Divina Providência.
Existem coisas dentro de nós que temos de cortar como a cobiça e a inveja. Quantas pessoas não foram cobiçosas nem invejosas e foram felizes?
Que Deus nos revele neste momento onde está o nosso coração para que possamos descobrir o que é importante para a nossa vida.
O mundo está como está porque nós não amamos.
“Um mandamento novo eu vos dou: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, vós também amai-vos uns aos outros. Nisto todos reconhecerão que sois meus discípulos: no amor que tiverdes uns para com os outros” (Jo 13,34-35). Jesus vivera com eles durante todo aquele tempo, treinando-os no “amai-vos uns aos outros”. O Senhor os amou primeiro e os foi formando para se amarem uns aos outros com todas as diferenças e com todas as durezas que havia entre eles: “Como eu vos amei, vós também, amai-vos uns aos outros”.
Conosco agora é a mesma coisa. Jesus precisa nos treinar no amor efetivo uns para com os outros, para irmos e formarmos discípulos, ensinado-os, com nossa vida, a amar como Ele nos amou.
Daí você vê que o mundo está como está porque nós não amamos; porque não assumimos o bastão que Jesus pôs em nossas mãos; porque não formamos discípulos. A civilização do amor acontecerá quando pusermos o amor em prática em nossa vida.
Em outras palavras, o mundo novo depende de nós: se amamos ou não amamos; se formamos discípulos ou continuamos "na nossa".
Diante de todo o desamor do mundo, amar será nosso bom combate. O Senhor não desiste: Ele que formou Seus apóstolos (e não foi fácil), quer formar-nos combatentes no amor.
Deus o abençoe!
Conosco agora é a mesma coisa. Jesus precisa nos treinar no amor efetivo uns para com os outros, para irmos e formarmos discípulos, ensinado-os, com nossa vida, a amar como Ele nos amou.
Daí você vê que o mundo está como está porque nós não amamos; porque não assumimos o bastão que Jesus pôs em nossas mãos; porque não formamos discípulos. A civilização do amor acontecerá quando pusermos o amor em prática em nossa vida.
Em outras palavras, o mundo novo depende de nós: se amamos ou não amamos; se formamos discípulos ou continuamos "na nossa".
Diante de todo o desamor do mundo, amar será nosso bom combate. O Senhor não desiste: Ele que formou Seus apóstolos (e não foi fácil), quer formar-nos combatentes no amor.
Deus o abençoe!
22 de janeiro de 2012
Hoje a Igreja celebra São Vicente - 22 de Janeiro
Um santo amado e citado por muitos santos, como Santo Agostinho, Santo Ambrósio, São Prudêncio e outros que trouxeram à tona o testemunho desse grande diácono e mártir da Igreja.
Nasceu na Espanha, em Huesca, no século terceiro. De uma família muito distinta e conhecida por todos, ele escolheu ser cristão e, assim, viver a santidade.
Vicente viveu num período muito difícil da Igreja. Um tempo em que Diocleciano e Maximiano – imperadores –, começaram a perseguir os cristãos e forçar muitos a se declararem a favor dos deuses; caso contrário, seriam martirizados. O santo de hoje foi um dos que fez a opção por Jesus.
Ele era um grande pregador da Palavra, mais do que isso, buscava viver a Palavra que pregava, esta que é, antes de tudo, Cristo Jesus, o Santo dos Santos, o nosso modelo, o nosso Senhor e Salvador. Diante das ameaças do governador Darciano, ele não recusou a se dizer cristão e fiel ao Senhor.
Os tormentos o perseguiram. Foi um martírio lento, sempre com o objetivo de vencê-lo para que Darciano se desse como herói diante do Cristianismo, mas também com o objetivo de levar São Vicente a renunciar a própria fé, a sacrificar aos deuses. Fiel a Deus e sustentado pela oração, diante de si ele tinha o seu grande amor: Deus. Sendo assim, ele for martirizado aos poucos, até mesmo levado à grelha, tendo seu corpo dilacerado, jogado numa prisão e, por fim, Darciano deixou-o num leito pedindo que cuidassem dele. Ali, sim, ele foi visitado por outros cristãos e entregou-se a Deus.
São Vicente tornou-se modelo para todos os cristãos e também padroeiro principal do patriarcado de Lisboa e também da diocese de Faro.
São Vicente, rogai por nós
Nasceu na Espanha, em Huesca, no século terceiro. De uma família muito distinta e conhecida por todos, ele escolheu ser cristão e, assim, viver a santidade.
Vicente viveu num período muito difícil da Igreja. Um tempo em que Diocleciano e Maximiano – imperadores –, começaram a perseguir os cristãos e forçar muitos a se declararem a favor dos deuses; caso contrário, seriam martirizados. O santo de hoje foi um dos que fez a opção por Jesus.
Ele era um grande pregador da Palavra, mais do que isso, buscava viver a Palavra que pregava, esta que é, antes de tudo, Cristo Jesus, o Santo dos Santos, o nosso modelo, o nosso Senhor e Salvador. Diante das ameaças do governador Darciano, ele não recusou a se dizer cristão e fiel ao Senhor.
Os tormentos o perseguiram. Foi um martírio lento, sempre com o objetivo de vencê-lo para que Darciano se desse como herói diante do Cristianismo, mas também com o objetivo de levar São Vicente a renunciar a própria fé, a sacrificar aos deuses. Fiel a Deus e sustentado pela oração, diante de si ele tinha o seu grande amor: Deus. Sendo assim, ele for martirizado aos poucos, até mesmo levado à grelha, tendo seu corpo dilacerado, jogado numa prisão e, por fim, Darciano deixou-o num leito pedindo que cuidassem dele. Ali, sim, ele foi visitado por outros cristãos e entregou-se a Deus.
São Vicente tornou-se modelo para todos os cristãos e também padroeiro principal do patriarcado de Lisboa e também da diocese de Faro.
São Vicente, rogai por nós
Evangelho (Marcos 1,14-20) Domingo, 22 de Janeiro de 2012 3º Domingo do Tempo Comum
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!
14Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo:
15“O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!”
16E, passando à beira do mar da Galileia, Jesus viu Simão e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores.
17Jesus lhes disse: “Segui-me e eu farei de vós pescadores de homens”.
18E eles, deixando imediatamente as redes, seguiram a Jesus.
19Caminhando mais um pouco, viu também Tiago e João, filhos de Zebedeu. Estavam na barca, consertando as redes; 20e logo os chamou. Eles deixaram seu pai Zebedeu na barca com os empregados, e partiram, seguindo Jesus.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!
14Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o Evangelho de Deus e dizendo:
15“O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!”
16E, passando à beira do mar da Galileia, Jesus viu Simão e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores.
17Jesus lhes disse: “Segui-me e eu farei de vós pescadores de homens”.
18E eles, deixando imediatamente as redes, seguiram a Jesus.
19Caminhando mais um pouco, viu também Tiago e João, filhos de Zebedeu. Estavam na barca, consertando as redes; 20e logo os chamou. Eles deixaram seu pai Zebedeu na barca com os empregados, e partiram, seguindo Jesus.
A evangelização nasce a partir de um relacionamento pessoal com Jesus Cristo
João Batista foi preso porque Herodes temia, assim como os chefes religiosos de Israel, a popularidade dele [João] e a contestação que fazia do sistema opressor sob o qual o povo vivia. Após a prisão, Jesus retorna à Galileia, que é um território predominantemente gentílico. Ali, o Senhor desenvolve Seu ministério com o mesmo anúncio de João Batista: a proximidade do Reino e da conversão à justiça.
Marcos, bem como Mateus e Lucas, narra o chamado dos primeiros discípulos às margens do Mar da Galileia. O Evangelho de João narra este chamado já na ocasião do Batismo de Jesus, quando alguns discípulos dele [João Batista] se dispõem a seguir o Senhor. O chamado, narrado em estilo sumário, na realidade, se fez em um clima de diálogo e conhecimento mútuo. Assim como Cristo abandonou Sua rotina de vida em Nazaré, também Seus discípulos abandonam seu antigo sistema de vida, não para fugirem do mundo, mas para iniciarem uma nova prática social alternativa de justiça, fé e paz.
Segundo a narração de Marcos (1,16-29) e de Mateus (4,18-22), o cenário da vocação dos primeiros apóstolos é o mar da Galileia. Jesus acabara de iniciar a pregação do Reino de Deus, quando o Seu olhar pousou sobre dois pares de irmãos: Simão e André, Tiago e João. São pescadores, empenhados no seu trabalho cotidiano. Lançam as redes, consertam-nas. Mas outra pesca os aguarda. Jesus chama-os com decisão e eles seguem-No imediatamente: agora serão “pescadores de homens” (cf. Mc 1,17; Mt 4,19).
Lucas, ainda que siga a mesma tradição, faz uma narração mais elaborada sobre isso (5,1-11). Ele mostra o caminho de fé dos primeiros discípulos, esclarecendo que o convite para o seguimento lhes chega depois de terem ouvido a primeira pregação de Jesus e experimentam os primeiros sinais prodigiosos por Ele realizados. Em particular, a pesca milagrosa constitui o contexto imediato e oferece o símbolo da missão de pescadores de homens, que lhes foi confiada. O destino destes “chamados”, de agora em diante, estará intimamente ligado ao de Jesus. O apóstolo é um enviado mas, ainda antes, um “perito” em Jesus.
Precisamente este é o aspecto realçado pelo evangelista João desde o primeiro encontro de Jesus com os futuros apóstolos. Aqui o cenário é diferente. A presença dos futuros discípulos, provenientes também eles, como Jesus, da Galileia, para viver a experiência do batismo administrado por João, esclarece o seu mundo espiritual. Eram homens na expectativa do Reino de Deus, desejosos de conhecer o Messias, cuja vinda estava anunciada como iminente.
Para eles, é suficiente a orientação de João Batista que indica em Jesus o Cordeiro de Deus (cf. Jo 1,36), para que surja neles o desejo de um encontro pessoal com o Mestre. As frases do diálogo de Jesus com os primeiros dois futuros apóstolos são muito expressivas. À pergunta: “Que procurais?”, eles respondem com outra pergunta: “Rabi (que quer dizer Mestre), onde moras?”. A resposta de Jesus é um convite: “Vinde e vede” (cf. Jo 1,38-39).
Vinde para poder ver. A aventura dos apóstolos começa assim, como um encontro de pessoas que se abrem reciprocamente. Começa para os discípulos um conhecimento direto do Mestre. Veem onde Ele mora e começam a conhecê-Lo. De fato, eles não deverão ser anunciadores de uma ideia, mas testemunhas de uma Pessoa. Antes de serem enviados a evangelizar, deverão “estar” com Jesus (cf. Mc 3,14), estabelecendo com Ele um relacionamento pessoal. Sobre esta base, a evangelização não será mais do que um anúncio daquilo que foi experimentado e um convite a entrar no mistério da comunhão com Cristo (cf. 1 Jo 13).
A quem serão enviados os apóstolos? No Evangelho parece que Jesus limita a Sua missão unicamente a Israel: “Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt 15,24). De modo análogo parece que Ele circunscreve a missão confiada aos Doze: “Jesus enviou estes Doze, depois de lhes ter dado as seguintes instruções: ‘Não sigais pelo caminho dos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos. Ide, primeiramente, às ovelhas perdidas da casa de Israel’ “ (Mt 10,5s.).
Uma certa crítica moderna de inspiração racionalista vê nessas expressões a falta de uma consciência universalista do Nazareno. Na realidade, elas devem ser compreendidas à luz da Sua relação especial com Israel, comunidade da aliança, em continuidade com a história da salvação. Segundo a expectativa messiânica as promessas divinas, imediatamente dirigidas a Israel, ter-se-iam concretizado quando o próprio Deus, por intermédio do Seu Eleito, reunisse o Seu povo, como faz um pastor com o rebanho: “Eu virei em socorro das minhas ovelhas, para que elas não mais sejam saqueadas… Estabelecerei sobre elas um único pastor, que as apascentará, o meu servo Davi; será ele que as levará a pastar e lhes servirá de pastor. Eu, o Senhor, serei o seu Deus, e o meu servo Davi será um príncipe no meio delas” (Ez 34,22-24).
Jesus é o Pastor escatológico, que reúne as ovelhas perdidas da casa de Israel e vai à procura delas, porque as conhece e ama (cf. Lc 15,4-7 e Mt 18,12-14; cf. também a figura do Bom Pastor em Jo 10,11ss.). Por meio desta “reunião” o Reino de Deus é anunciado a todas as nações: “Manifestarei a minha glória entre as nações, e todas me verão executar a minha justiça e aplicar a minha mão sobre eles” (Ez 39,21). E Jesus segue precisamente este caminho profético. O primeiro passo é a “reunião” do povo de Israel, para que assim todas as nações, chamadas a reunirem-se na comunhão com o Senhor, possam ver e crer.
Assim os Doze, chamados a participar na mesma missão de Nosso Senhor Jesus Cristo0, cooperam com o Pastor dos últimos tempos, indo também eles, em primeiro lugar, até as ovelhas perdidas da casa de Israel, isto é, dirigindo-se ao povo da promessa, cuja reunião é o sinal de salvação para todos os povos, o início da universalização da Aliança. Longe de contradizer a abertura universalista da ação messiânica do Nazareno, a inicial limitação a Israel da Sua missão e da dos Doze torna-se assim o Seu sinal profético mais eficaz. Depois da Paixão e da Ressurreição de Cristo este sinal será esclarecido: o caráter universal da missão dos apóstolos tornar-se-á mais explícito. Cristo enviará os apóstolos “a todo o mundo” (Mc 16,15), a “todas as nações” (Mt 28,19; Lc 24,47), “até aos extremos confins da terra” (At 1,8).
E essa missão continua. Continua sempre o mandato do Senhor de reunir os povos na unidade do Seu amor. Esta é a nossa esperança e este é também o nosso mandato: contribuir para esta universalidade, para esta verdadeira unidade na riqueza das culturas, em comunhão com o nosso verdadeiro Senhor Jesus Cristo.
Marcos, bem como Mateus e Lucas, narra o chamado dos primeiros discípulos às margens do Mar da Galileia. O Evangelho de João narra este chamado já na ocasião do Batismo de Jesus, quando alguns discípulos dele [João Batista] se dispõem a seguir o Senhor. O chamado, narrado em estilo sumário, na realidade, se fez em um clima de diálogo e conhecimento mútuo. Assim como Cristo abandonou Sua rotina de vida em Nazaré, também Seus discípulos abandonam seu antigo sistema de vida, não para fugirem do mundo, mas para iniciarem uma nova prática social alternativa de justiça, fé e paz.
Segundo a narração de Marcos (1,16-29) e de Mateus (4,18-22), o cenário da vocação dos primeiros apóstolos é o mar da Galileia. Jesus acabara de iniciar a pregação do Reino de Deus, quando o Seu olhar pousou sobre dois pares de irmãos: Simão e André, Tiago e João. São pescadores, empenhados no seu trabalho cotidiano. Lançam as redes, consertam-nas. Mas outra pesca os aguarda. Jesus chama-os com decisão e eles seguem-No imediatamente: agora serão “pescadores de homens” (cf. Mc 1,17; Mt 4,19).
Lucas, ainda que siga a mesma tradição, faz uma narração mais elaborada sobre isso (5,1-11). Ele mostra o caminho de fé dos primeiros discípulos, esclarecendo que o convite para o seguimento lhes chega depois de terem ouvido a primeira pregação de Jesus e experimentam os primeiros sinais prodigiosos por Ele realizados. Em particular, a pesca milagrosa constitui o contexto imediato e oferece o símbolo da missão de pescadores de homens, que lhes foi confiada. O destino destes “chamados”, de agora em diante, estará intimamente ligado ao de Jesus. O apóstolo é um enviado mas, ainda antes, um “perito” em Jesus.
Precisamente este é o aspecto realçado pelo evangelista João desde o primeiro encontro de Jesus com os futuros apóstolos. Aqui o cenário é diferente. A presença dos futuros discípulos, provenientes também eles, como Jesus, da Galileia, para viver a experiência do batismo administrado por João, esclarece o seu mundo espiritual. Eram homens na expectativa do Reino de Deus, desejosos de conhecer o Messias, cuja vinda estava anunciada como iminente.
Para eles, é suficiente a orientação de João Batista que indica em Jesus o Cordeiro de Deus (cf. Jo 1,36), para que surja neles o desejo de um encontro pessoal com o Mestre. As frases do diálogo de Jesus com os primeiros dois futuros apóstolos são muito expressivas. À pergunta: “Que procurais?”, eles respondem com outra pergunta: “Rabi (que quer dizer Mestre), onde moras?”. A resposta de Jesus é um convite: “Vinde e vede” (cf. Jo 1,38-39).
Vinde para poder ver. A aventura dos apóstolos começa assim, como um encontro de pessoas que se abrem reciprocamente. Começa para os discípulos um conhecimento direto do Mestre. Veem onde Ele mora e começam a conhecê-Lo. De fato, eles não deverão ser anunciadores de uma ideia, mas testemunhas de uma Pessoa. Antes de serem enviados a evangelizar, deverão “estar” com Jesus (cf. Mc 3,14), estabelecendo com Ele um relacionamento pessoal. Sobre esta base, a evangelização não será mais do que um anúncio daquilo que foi experimentado e um convite a entrar no mistério da comunhão com Cristo (cf. 1 Jo 13).
A quem serão enviados os apóstolos? No Evangelho parece que Jesus limita a Sua missão unicamente a Israel: “Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mt 15,24). De modo análogo parece que Ele circunscreve a missão confiada aos Doze: “Jesus enviou estes Doze, depois de lhes ter dado as seguintes instruções: ‘Não sigais pelo caminho dos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos. Ide, primeiramente, às ovelhas perdidas da casa de Israel’ “ (Mt 10,5s.).
Uma certa crítica moderna de inspiração racionalista vê nessas expressões a falta de uma consciência universalista do Nazareno. Na realidade, elas devem ser compreendidas à luz da Sua relação especial com Israel, comunidade da aliança, em continuidade com a história da salvação. Segundo a expectativa messiânica as promessas divinas, imediatamente dirigidas a Israel, ter-se-iam concretizado quando o próprio Deus, por intermédio do Seu Eleito, reunisse o Seu povo, como faz um pastor com o rebanho: “Eu virei em socorro das minhas ovelhas, para que elas não mais sejam saqueadas… Estabelecerei sobre elas um único pastor, que as apascentará, o meu servo Davi; será ele que as levará a pastar e lhes servirá de pastor. Eu, o Senhor, serei o seu Deus, e o meu servo Davi será um príncipe no meio delas” (Ez 34,22-24).
Jesus é o Pastor escatológico, que reúne as ovelhas perdidas da casa de Israel e vai à procura delas, porque as conhece e ama (cf. Lc 15,4-7 e Mt 18,12-14; cf. também a figura do Bom Pastor em Jo 10,11ss.). Por meio desta “reunião” o Reino de Deus é anunciado a todas as nações: “Manifestarei a minha glória entre as nações, e todas me verão executar a minha justiça e aplicar a minha mão sobre eles” (Ez 39,21). E Jesus segue precisamente este caminho profético. O primeiro passo é a “reunião” do povo de Israel, para que assim todas as nações, chamadas a reunirem-se na comunhão com o Senhor, possam ver e crer.
Assim os Doze, chamados a participar na mesma missão de Nosso Senhor Jesus Cristo0, cooperam com o Pastor dos últimos tempos, indo também eles, em primeiro lugar, até as ovelhas perdidas da casa de Israel, isto é, dirigindo-se ao povo da promessa, cuja reunião é o sinal de salvação para todos os povos, o início da universalização da Aliança. Longe de contradizer a abertura universalista da ação messiânica do Nazareno, a inicial limitação a Israel da Sua missão e da dos Doze torna-se assim o Seu sinal profético mais eficaz. Depois da Paixão e da Ressurreição de Cristo este sinal será esclarecido: o caráter universal da missão dos apóstolos tornar-se-á mais explícito. Cristo enviará os apóstolos “a todo o mundo” (Mc 16,15), a “todas as nações” (Mt 28,19; Lc 24,47), “até aos extremos confins da terra” (At 1,8).
E essa missão continua. Continua sempre o mandato do Senhor de reunir os povos na unidade do Seu amor. Esta é a nossa esperança e este é também o nosso mandato: contribuir para esta universalidade, para esta verdadeira unidade na riqueza das culturas, em comunhão com o nosso verdadeiro Senhor Jesus Cristo.
A quem muito foi dado, muito será pedido. A má administração das qualidades gera os defeitos
Nem sempre se reflete bastante sobre a advertência de Jesus: “A quem muito foi dado, muito será pedido” (Lc 12,48). O ser humano vive inundado nos dons divinos: a existência, a família, os amigos, as qualidades físicas, intelectuais e morais, os bens materiais, a conservação da vida, as numerosíssimas graças espirituais, o perdão diuturno, enfim, um oceano de dádivas. Não se deve desperdiçar impunemente tudo que se recebe do Criador. O notável psicólogo francês René Le Senne, com muita razão, afirmou que todos possuem qualidades inestimáveis.
A má administração dessas qualidades gera os defeitos por não se procurar o equilíbrio psicossomático. Célebre o dito de Sócrates, filósofo grego: “Conhece-te a ti mesmo”. Cada um tem um perfil caracterológico bem determinado e precisa colocar seus dotes a serviço próprio e dos outros. Um dos mais lamentáveis erros é o da baixa autoestima, fruto da depreciação das próprias habilidades, o que concebe a inveja. Disso resulta, outrossim, a ingratidão para com Deus, não Lhe agradecendo os bens recebidos. Lembra São Tiago: “Toda dádiva perfeita vem do alto, descendo do Pai das luzes” (Tg 1,16). Eis por que diz o Livro do Eclesiastes: “Que alguém coma e beba e goze do seu trabalho é dom de Deus” [...] E quem recebeu de Deus riquezas e bens e a possibilidade de gozar deles, desfrutar-lhes a sua parte e alegrar-se entre os seus cuidados, também isso é dom de Deus! (Ec 3,13. 5,18).
O Espírito Santo comunica carismas especiais aos seguidores de Cristo, como São Paulo enumera em suas várias cartas. O dom da profecia, que é a capacidade peculiar de denunciar os erros, o dom do serviço, do ensinamento, da coragem, da generosidade, da misericórdia, do discernimento dos espíritos. As diversas pastorais oferecem oportunidade para o exercício e desenvolvimento dessas capacidades colocadas para o bem do próximo. Cada um, além disso, tem uma vocação específica e nas diversas profissões pode e deve trabalhar para si e para os outros. Como diz o ditado, é preciso sempre “o homem certo no lugar certo”.
As capacidades humanas, porém, se desenvolvem como Deus previu para cada um, quando se confia inteiramente n'Ele, pedindo-Lhe força para bem executar as tarefas cotidianas. Cumpre fazer bem, com todo o empenho, a ocupação de cada instante e, aliás, sábia a diretriz “Age quod agis”, do poeta grego Xenofanes. Não se mede nem se avalia uma existência pelo número de anos, nem pelo período histórico, mas, sim, pela vivência plena e intensa, repleta de ações que perenemente repercutirão. Bem afirmou Vieira: “Nem todos os anos que passam se vivem: uma coisa é contar os anos, outra é vivê-los”.As ações são, em verdade, os dias e é por elas que têm valor os anos, sempre cada um se lembrando de que “a quem muito foi dado, muito será pedido”. O viver em plenitude cada instante é o segredo da verdadeira vida. O importante é viver bem, cultivando os dons recebidos de Deus. Eis porque Horácio, poeta latino, lançou esta sentença: “Carpe diem, quam minimum credula postero” – aproveita o dia presente e não queiras confiar no de amanhã. Escrivá dá este conselho: “Que a tua vida não seja estéril. Sê útil. Deixa rasto”. Goethe dá o motivo: “Cada momento, cada segundo é de um valor infinito, pois ele é o representante de uma eternidade inteira”. Ideia já expressa por Apuleio: “tempus aevi imaginem” – o tempo é a imagem da eternidade.
Virgílio advertiu que não se pode dissipar o tempo: “Fugit irreparabile tempus” – foge o irreparável tempo. Razão teve Riminaldo ao escrever: “Há quatro coisas que não voltam atrás: a pedra, depois de solta mão; a palavra, depois de proferida; a ocasião, depois de perdida; e o tempo, depois de passado”. Tudo isso merece uma reflexão profunda, pois cada um de nós dará um dia contas a Deus do tempo e das dádivas d'Ele recebidos e Jesus alertou “a quem muito foi dado, muito será pedido”.
A má administração dessas qualidades gera os defeitos por não se procurar o equilíbrio psicossomático. Célebre o dito de Sócrates, filósofo grego: “Conhece-te a ti mesmo”. Cada um tem um perfil caracterológico bem determinado e precisa colocar seus dotes a serviço próprio e dos outros. Um dos mais lamentáveis erros é o da baixa autoestima, fruto da depreciação das próprias habilidades, o que concebe a inveja. Disso resulta, outrossim, a ingratidão para com Deus, não Lhe agradecendo os bens recebidos. Lembra São Tiago: “Toda dádiva perfeita vem do alto, descendo do Pai das luzes” (Tg 1,16). Eis por que diz o Livro do Eclesiastes: “Que alguém coma e beba e goze do seu trabalho é dom de Deus” [...] E quem recebeu de Deus riquezas e bens e a possibilidade de gozar deles, desfrutar-lhes a sua parte e alegrar-se entre os seus cuidados, também isso é dom de Deus! (Ec 3,13. 5,18).
O Espírito Santo comunica carismas especiais aos seguidores de Cristo, como São Paulo enumera em suas várias cartas. O dom da profecia, que é a capacidade peculiar de denunciar os erros, o dom do serviço, do ensinamento, da coragem, da generosidade, da misericórdia, do discernimento dos espíritos. As diversas pastorais oferecem oportunidade para o exercício e desenvolvimento dessas capacidades colocadas para o bem do próximo. Cada um, além disso, tem uma vocação específica e nas diversas profissões pode e deve trabalhar para si e para os outros. Como diz o ditado, é preciso sempre “o homem certo no lugar certo”.
As capacidades humanas, porém, se desenvolvem como Deus previu para cada um, quando se confia inteiramente n'Ele, pedindo-Lhe força para bem executar as tarefas cotidianas. Cumpre fazer bem, com todo o empenho, a ocupação de cada instante e, aliás, sábia a diretriz “Age quod agis”, do poeta grego Xenofanes. Não se mede nem se avalia uma existência pelo número de anos, nem pelo período histórico, mas, sim, pela vivência plena e intensa, repleta de ações que perenemente repercutirão. Bem afirmou Vieira: “Nem todos os anos que passam se vivem: uma coisa é contar os anos, outra é vivê-los”.As ações são, em verdade, os dias e é por elas que têm valor os anos, sempre cada um se lembrando de que “a quem muito foi dado, muito será pedido”. O viver em plenitude cada instante é o segredo da verdadeira vida. O importante é viver bem, cultivando os dons recebidos de Deus. Eis porque Horácio, poeta latino, lançou esta sentença: “Carpe diem, quam minimum credula postero” – aproveita o dia presente e não queiras confiar no de amanhã. Escrivá dá este conselho: “Que a tua vida não seja estéril. Sê útil. Deixa rasto”. Goethe dá o motivo: “Cada momento, cada segundo é de um valor infinito, pois ele é o representante de uma eternidade inteira”. Ideia já expressa por Apuleio: “tempus aevi imaginem” – o tempo é a imagem da eternidade.
Virgílio advertiu que não se pode dissipar o tempo: “Fugit irreparabile tempus” – foge o irreparável tempo. Razão teve Riminaldo ao escrever: “Há quatro coisas que não voltam atrás: a pedra, depois de solta mão; a palavra, depois de proferida; a ocasião, depois de perdida; e o tempo, depois de passado”. Tudo isso merece uma reflexão profunda, pois cada um de nós dará um dia contas a Deus do tempo e das dádivas d'Ele recebidos e Jesus alertou “a quem muito foi dado, muito será pedido”.
O amor tem seu tempo. Sonhos são muito bonitos nas novelas; na vida real, os caminhos não são prontos
A urgência dos nossos dias nos faz pensar exatamente na urgência do amor. Quando o sentimento se faz presente entre duas pessoas é muito comum a necessidade imediata de dizer: “Eu te amo”. Algumas pessoas dizem: “Que loucura! Isso não é amor”; outras afirmam: “Pra que esperar, eu amo e digo!”.
Avaliar nossos sentimentos e todas as implicações que ele envolve também nos faz pensar que os caminhos para o amor nunca são ou estão prontos, mas certamente, passam por nossa maturidade.
A maturidade biológica nem sempre está relacionada à maturidade psicológica. As expectativas dos pais nem sempre serão concretizadas nos desejos dos filhos. Da mesma forma, o que foi vivido no passado nem sempre será válido para as experiências atuais.
Os gregos diziam que amor é “uma questão de despertar para a vida” e, com isso, nem todos despertam ao mesmo tempo, nem esperam as mesmas coisas ou se satisfazem com as mesmas coisas.
Quando se acelera o processo do amor, muitas vezes, se “mata” esse sentimento. É por isso que as pessoas não podem se casar porque os pais delas se admiram, porque as famílias se dão bem ou porque o (a) namorado (a) tem ou não tem um status, ou um tipo de estudo.
Amor requer tempo, conhecimento, – reconhecimento do que gosto ou não –, das minhas limitações e da limitação do outro.
Amor é como uma construção: escolhe-se o terreno, as fundações e a base para que a obra seja realizada, os tijolos vão sendo colocados um a um, até que a casa seja coberta e todo o acabamento interior seja feito. Depois virão os jardins, os detalhes, os cuidados.
E é por isso que o amor não pode ser urgente: uma casa feita às pressas, com material de qualidade inferior, tende a cair antes do tempo. Imaginem se os tijolos desta casa, que é o amor, forem assentados com areia e água?
Sonhos são muito bonitos nas novelas, mas, na vida real, os caminhos não são prontos. Os caminhos de um casal se fazem pela descoberta das alegrias e das tristezas que os dois podem viver. Estes se fazem ainda pela capacidade de reconhecer no outro aquele que me faz feliz, mas não apenas a única pessoa do mundo que me faz feliz, mas que me completa em parte da vida, que é muito mais do que apenas uma pessoa ou um único motivo.
“Quem quer o amor precisa dar tudo o que tem para possuí-lo (Mt 13,44)” e é por isso que o amor exige dedicação e decisão.
Se você ainda não está pronto para isso, pense se não é tempo de se autoconhecer para conviver com o amor, mas também não espere que esteja 100% pronto para vivê-lo, pois a perfeição não existe, ainda mais quando falamos de seres humanos.
E lembre-se: para tudo existe um tempo: amor, afetividade, sexualidade, cada um deve e precisa acordar em seu tempo, até mesmo para que as experiências fora do tempo e erradas não se tornem marcas negativas no futuro
Avaliar nossos sentimentos e todas as implicações que ele envolve também nos faz pensar que os caminhos para o amor nunca são ou estão prontos, mas certamente, passam por nossa maturidade.
A maturidade biológica nem sempre está relacionada à maturidade psicológica. As expectativas dos pais nem sempre serão concretizadas nos desejos dos filhos. Da mesma forma, o que foi vivido no passado nem sempre será válido para as experiências atuais.
Os gregos diziam que amor é “uma questão de despertar para a vida” e, com isso, nem todos despertam ao mesmo tempo, nem esperam as mesmas coisas ou se satisfazem com as mesmas coisas.
Quando se acelera o processo do amor, muitas vezes, se “mata” esse sentimento. É por isso que as pessoas não podem se casar porque os pais delas se admiram, porque as famílias se dão bem ou porque o (a) namorado (a) tem ou não tem um status, ou um tipo de estudo.
Amor requer tempo, conhecimento, – reconhecimento do que gosto ou não –, das minhas limitações e da limitação do outro.
Amor é como uma construção: escolhe-se o terreno, as fundações e a base para que a obra seja realizada, os tijolos vão sendo colocados um a um, até que a casa seja coberta e todo o acabamento interior seja feito. Depois virão os jardins, os detalhes, os cuidados.
E é por isso que o amor não pode ser urgente: uma casa feita às pressas, com material de qualidade inferior, tende a cair antes do tempo. Imaginem se os tijolos desta casa, que é o amor, forem assentados com areia e água?
Sonhos são muito bonitos nas novelas, mas, na vida real, os caminhos não são prontos. Os caminhos de um casal se fazem pela descoberta das alegrias e das tristezas que os dois podem viver. Estes se fazem ainda pela capacidade de reconhecer no outro aquele que me faz feliz, mas não apenas a única pessoa do mundo que me faz feliz, mas que me completa em parte da vida, que é muito mais do que apenas uma pessoa ou um único motivo.
“Quem quer o amor precisa dar tudo o que tem para possuí-lo (Mt 13,44)” e é por isso que o amor exige dedicação e decisão.
Se você ainda não está pronto para isso, pense se não é tempo de se autoconhecer para conviver com o amor, mas também não espere que esteja 100% pronto para vivê-lo, pois a perfeição não existe, ainda mais quando falamos de seres humanos.
E lembre-se: para tudo existe um tempo: amor, afetividade, sexualidade, cada um deve e precisa acordar em seu tempo, até mesmo para que as experiências fora do tempo e erradas não se tornem marcas negativas no futuro
O poder de Deus é soberano sobre a nossa vida
O Senhor quer nos ensinar que para acontecer o “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” é preciso, de nossa parte, uma contínua ação de “reagir” ao pecado, à tentação, às forças do mal. Talvez pensemos que a nossa posição seja defensiva, mas o Senhor vem nos ensinar o contrário. Nossa atitude deve ser de reação, precisamos reagir firmes, reagir na fé. São Pedro nos exorta:
“Sede sóbrios, vigiai! Vosso adversário, o diabo, como um leão que ruge, ronda, procurando a quem devorar. RESISTI-LHE, FIRMES NA FÉ” (1Pd 5,8-9a).
Vencemos o demônio resistindo-lhe firmes na fé. “Firmes na fé” significa acreditar na vitória do Senhor em nós. Sabemos da nossa fraqueza, de nossos pecados e da facilidade com que erramos. Pecamos. Resvalamos. Mas o Senhor é fiel e poderoso. O poder de Deus é soberano sobre nós, sobre a nossa vida.
Deus o abençoe!
“Sede sóbrios, vigiai! Vosso adversário, o diabo, como um leão que ruge, ronda, procurando a quem devorar. RESISTI-LHE, FIRMES NA FÉ” (1Pd 5,8-9a).
Vencemos o demônio resistindo-lhe firmes na fé. “Firmes na fé” significa acreditar na vitória do Senhor em nós. Sabemos da nossa fraqueza, de nossos pecados e da facilidade com que erramos. Pecamos. Resvalamos. Mas o Senhor é fiel e poderoso. O poder de Deus é soberano sobre nós, sobre a nossa vida.
Deus o abençoe!
19 de janeiro de 2012
Poço de Sant‘Ana de Caicó: História e Mitos de Origem
Apesar das diferentes versões míticas, a fundação de Caicó emerge com referências e protagonistas comuns: o vaqueiro, o touro, um poço e Sant’Ana. O imaginário local teceu-os em um belo roteiro elaborado coletivamente.
Uma das interpretações dá conta de que no sertão seridoense possivelmente existiu a tribo dos Caiacós que, mesmo derrotada nas Guerras dos Bárbaros, julgava-se invencível pelo amparo de Tupã, espírito encarnado em um touro bravio, que habitava um mofumbal que se espalhava sobre o local onde hoje é a cidade. Um vaqueiro que se embrenhara no mofumbal depara-se com o bravio touro tapuia. Vendo-se em perigo, o vaqueiro recorreu a Sant’Ana prometendo-lhe erigir uma capela se ela o salvasse do animal possesso.
Atendido o pedido, o vaqueiro iniciou a construção do templo. Era um ano de grande seca, e a única forma de abastecimento de água era um poço às margens do Rio Seridó. Diante da escassez de água, o vaqueiro fez nova promessa a Sant ‘Ana para que o poço não secasse. Daí em diante, o local passou a ser conhecido como Poço de Sant’Ana.
Outros mitos narram a existência de mais seres fantásticos. Em um deles uma bela sereia que habita o fundo do Poço sairia ao pôr-do-sol para pentear sua longa cabeleira nos lajeiros que emolduram a porção d’água.
Um mito mais dramático complementa o combate entre Tupã e o vaqueiro, contando que o espírito do deus índio, ao ser expulso do touro, teria tomado a forma de uma serpente gigante que se abriga nas águas do poço, ameaçando destruir a cidade se algum dia o poço secasse, ou se o rio transbordasse e as suas águas atingissem o altar-mor da igreja matriz.
Eivado pelo imaginário mestiço da região, o Poço de Santa’Ana foi por muitos anos a principal fonte de abastecimento de água para a cidade, fosse para fins domésticos ou de construção.
O lugar decantou também a enérgica resistência popular quando em Caicó um grupo de pessoas, na revolta ”Quebra-Quilos”, em 1873, contra a adoção do sistema métrico-decimal no Império, atirou ao poço quilos de pesos metálicos.
Atualmente o Poço de Sant’Ana encontra-se poluído e quase assoreado, reclamando uma ação que salve sua fauna e flora reais e fantásticas.
Histórico - PARTE II
Nas cercanias da cidade de Caicó encontra-se a diversidade característica do semi-árido, com sua flora bastante peculiar e com a sua geografia acidentada, formada por morros e serrotes que aparecem vistosos com suas rochas expostas e dispostas de maneira bastante atraente, além de ser refúgio de pequenos lagartos e roedores da fauna local. Na nossa região, tais locais sempre foram carregados de um certo misticismo, dando margem a devoções populares que se manifestam em pequenos ou grandes gestos de fé; é raro não haver um local assim nas cidades da região. Tais manifestações se traduzem principalmente na construção de cruzeiros, notória alusão ao Calvário, onde foi supliciado Jesus Cristo.
Em Caicó, bem próximo ao rio Seridó, encontra-se o Serrote da Cruz, com uma história reveladora das práticas devocionais populares. Segundo Monteiro (1944), foi erguido um cruzeiro naquele local em 1901, com a finalidade de comemorar a passagem do século, no paroquiato do Pe. Emilio Cardoso. A cruz primitiva foi antes colocada numa pequena ilha do rio Seridó em 01/01/1901, somente quando o pedestal foi concluído é que ela foi fincada no dito serrote. Em 1940, em cumprimento a uma promessa do Sr. Inácio Nóbrega, conhecido por Inácio Caritó, foi construída, “com auxílios públicos”, uma pequena capela sob a invocação de São Sebastião, o santo protetor, contra a peste, a fome e a guerra. A capelinha foi inaugurada a 29 de setembro de 1940, às nove horas da manhã.
Em 1966 a construção desabou, haja vista a sua fragilidade sob ação das intempéries. Então, os devotos e moradores das proximidades ergueram um galpão de pedra para preservar o local sagrado. O passar dos anos provocou o sentimento de preservação da memória nos moradores das proximidades do rio, devotos de São Sebastião e do Serrote da Cruz, lastimosos com o estado em que se encontrava o local. Assim, houve uma mobilização de um grupo liderado por Luíza Vale de Castro, Maria do Rosário Vale e “Magão”, que se propuseram, com recursos próprios e doações de benfeitores, revitalizar o Serrote da Cruz, reconstruindo a Capela e deixando-a em condições propícias às suas práticas devocionais. Os trabalhos foram iniciados em 01/04/1989 e foram concluídos no dia 20/01/1990, Festa de São Sebastião, celebrada com muito júbilo. Posteriormente, em cumprimento a uma promessa, o Sr. Jorge Diniz fez a doação da estátua de São Sebastião que foi colocada na lateral da Capela.
VIVA SÃO SEBASTIÃO, NOSSO PROTETOR!
Breve histórico da Capelinha de São Sebastião do serrote da Cruz
A Capela de São Sebastião fica na Ilha de Sant’Ana, mas especificamente no Serrote da Cruz, e é cheia de histórias de práticas religiosas. Uma cruz primitiva foi colocada na ilha do rio Seridó primeiramente, depois foi trasladada para o Serrote, daí o nome Serrote da Cruz. Por conseguinte foi construída uma capela sob a inovação de São Sebastião, a partir de doações dos poderes públicos. A capelinha foi inaugurada em 29 de setembro de 1940, mas devido a sua fragilidade, não conseguiu resistir à ação do tempo, vindo a desabar em 1966.
Então, os devotos e moradores das proximidades ergueram um galpão de pedra, visando a preservação do local tido como sagrado. Com o passar do tempo, um grupo de pessoas, usando de recursos próprios e doações de benfeitores, reconstruíram a capela do serrote da cruz, possibilitando a realização de práticas religiosas no local. Os trabalhos tiveram início em primeiro de abril de 1989, sendo concluídos no dia 20 de janeiro de 1990, dia dedicado a São Sebastião. A capela existe até hoje, e com a urbanização da ilha de Sant’ana, a capelinha ganhou um espaço privilegiado, onde as visitas dos devotos do santo aumentaram, devido a facilidade em seu acesso. A partir da capela se tem uma vista privilegiada do centro da cidade e também da Ilha de Sant’Ana.
São Sebastião, rogai por nós!
De acordo com Actos apócrifos, atribuídos a Santo Ambrósio de Milão, Sebastião era um soldado que teria se alistado no exército romano por volta de 283 d.C. com a única intenção de afirmar o coração dos cristãos, enfraquecido diante das torturas. Era querido dos imperadores Diocleciano e Maximiliano, que o queriam sempre próximo, ignorando tratar-se de um cristão e, por isso, o designaram capitão da sua guarda pessoal, a Guarda Pretoriana. Por volta de 286, a sua conduta branda para com os prisioneiros cristãos levou o imperador a julgá-lo sumariamente como traidor, tendo ordenado a sua execução por meio de flechas (que se tornaram símbolo constante na sua iconografia). Foi dado como morto e atirado no rio, porém, Sebastião não havia falecido. Encontrado e socorrido por Irene (Santa Irene), apresentou-se novamente diante de Diocleciano, que ordenou então que ele fosse espancado até a morte. Seu corpo foi jogado no esgoto público de Roma. Luciana (Santa Luciana, cujo dia é comemorado em 30 de Junho) resgatou seu corpo, limpou-o, e sepultou-o nas catacumbas.
Existem inconsistências no relato da vida de São Sebastião: o edito que autorizava a perseguição sistemática dos cristãos pelo Império foi publicado apenas em 303 (depois da Era Comum), pelo que a data tradicional do martírio de São Sebastião parece precoce. O simbolismo na História, como no caso de Jonas, Noé e também de São Sebastião, é visto, pelas lideranças cristãs atuais, como alegoria, mito, fragmento de estórias, uma construção histórica que atravessou séculos.
Tal como São Jorge, Sebastião foi um dos soldados romanos mártires e santos, cujo culto nasceu no século IV e que atingiu o seu auge na Baixa Idade Média, designadamente nos séculos XIV e XV, tanto na Igreja Católica como na Igreja Ortodoxa. Embora os seus martírios possam provocar algum ceticismo junto dos estudiosos atuais, certos detalhes são consistentes com atitudes de mártires cristãos seus contemporâneos.
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