Neste texto de hoje, Jesus esclarece a dúvida dos discípulos e lhes revela profundamente o que a profecia de Malaquias havia anunciado: “Eis que vos enviarei Elias, antes que chegue o dia de Iahweh, grande e terrível. Ele fará voltar o coração dos pais para os filhos, e o coração dos filhos para os pais, para que eu não venha ferir a terra com anátema” (Ml 3,23).
Era uma maneira simbólica de expressar que, antes de o Messias chegar, Ele seria precedido por um último profeta (João Batista), que prepararia Sua chegada. Por causa dessa passagem da Bíblia, os judeus aguardavam a volta de Elias.
Os judeus achavam que Elias não havia morrido, mas que fora arrebatado ao céu (cf. II Rs 2,11), e por isso voltaria à terra para revelar e ungir o Messias.
Nos tempos de Cristo, que eram politicamente agitados, porque Israel estava sob o domínio do Império Romano, o referido profeta [Elias] era esperado em Israel com especial insistência.
Pois bem, Jesus respondeu que João Batista fez as vezes de Elias por reproduzir as atitudes fortes dele [Elias]: “Ele converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus, e vai adiante de Deus com o espírito e poder de Elias para reconduzir os corações dos pais aos filhos e os rebeldes à sabedoria dos justos, para preparar ao Senhor um povo bem disposto” (Lc 1,17). “Porque os profetas e a Lei tiveram a palavra até João. E, se quereis compreender, é ele o Elias que devia voltar. Quem tem ouvidos, ouça” (Mt 11,14-15).
O próprio João Batista negou claramente ser ele Elias, quando os enviados dos judeus o interrogaram: “Pois, então, quem és? perguntaram-lhe eles. És tu Elias? Disse ele: Não o sou. És tu o profeta? Ele respondeu: Não” (Jo 1,21).
João Batista veio pôr fim à economia da Antiga Aliança, tornando-se o sucessor do último dos profetas, Malaquias, cuja última predição ele cumpriu.
À luz dessas explicações é que devemos entender o texto de Mateus 11,14-15: “Porque os profetas e a Lei tiveram a palavra até João. E, se quereis compreender, é ele o Elias que devia voltar. Quem tem ouvidos, ouça”.
Até porque naquele tempo João Batista já havia sido assassinado por Herodes. Portanto, deveria aparecer a Jesus na transfiguração do Tabor, João Batista – e não Elias – se valesse a reencarnação, pois esta ensina que quando o espírito se materializa sempre se apresenta na forma da última encarnação. Donde se vê que João Batista não era a “reencarnação” de Elias. Mas simplesmente o precursor d’Aquele que devia vir ao mundo, Jesus Cristo, Nosso Senhor.
Padre Bantu Mendonça
Era uma maneira simbólica de expressar que, antes de o Messias chegar, Ele seria precedido por um último profeta (João Batista), que prepararia Sua chegada. Por causa dessa passagem da Bíblia, os judeus aguardavam a volta de Elias.
Os judeus achavam que Elias não havia morrido, mas que fora arrebatado ao céu (cf. II Rs 2,11), e por isso voltaria à terra para revelar e ungir o Messias.
Nos tempos de Cristo, que eram politicamente agitados, porque Israel estava sob o domínio do Império Romano, o referido profeta [Elias] era esperado em Israel com especial insistência.
Pois bem, Jesus respondeu que João Batista fez as vezes de Elias por reproduzir as atitudes fortes dele [Elias]: “Ele converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus, e vai adiante de Deus com o espírito e poder de Elias para reconduzir os corações dos pais aos filhos e os rebeldes à sabedoria dos justos, para preparar ao Senhor um povo bem disposto” (Lc 1,17). “Porque os profetas e a Lei tiveram a palavra até João. E, se quereis compreender, é ele o Elias que devia voltar. Quem tem ouvidos, ouça” (Mt 11,14-15).
O próprio João Batista negou claramente ser ele Elias, quando os enviados dos judeus o interrogaram: “Pois, então, quem és? perguntaram-lhe eles. És tu Elias? Disse ele: Não o sou. És tu o profeta? Ele respondeu: Não” (Jo 1,21).
João Batista veio pôr fim à economia da Antiga Aliança, tornando-se o sucessor do último dos profetas, Malaquias, cuja última predição ele cumpriu.
À luz dessas explicações é que devemos entender o texto de Mateus 11,14-15: “Porque os profetas e a Lei tiveram a palavra até João. E, se quereis compreender, é ele o Elias que devia voltar. Quem tem ouvidos, ouça”.
Até porque naquele tempo João Batista já havia sido assassinado por Herodes. Portanto, deveria aparecer a Jesus na transfiguração do Tabor, João Batista – e não Elias – se valesse a reencarnação, pois esta ensina que quando o espírito se materializa sempre se apresenta na forma da última encarnação. Donde se vê que João Batista não era a “reencarnação” de Elias. Mas simplesmente o precursor d’Aquele que devia vir ao mundo, Jesus Cristo, Nosso Senhor.
Padre Bantu Mendonça
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