30 de março de 2012

PAROQUIA DE SANT´ANA DE CAICÓ/RN PROGRAMAÇÃO DA SEMANA SANTA


Catedral de Sant´Ana
DOMINGO DE RAMOS -01/04
8h – Benção dos Ramos, procissão saindo da praça do Rosário e Missa.
19h – Benção dos Ramos, procissão saindo da Ilha de Sant´Ana e Missa.
2ª FEIRA SANTA-02/04
19h -Terço dos Homens

3ª FEIRA SANTA-03/04
6h30 - Missa
19h – Adoração do Santíssimo Sacramento

4ª FEIRA SANTA – 04/04
6h30 – Missa
19h – Celebração Penitencial

5ª FEIRA SANTA – 05/04
8h –Missa dos Santos Oléos.
17h – Missa da Ceia do Senhor e Lava-Pés
19h às 00h – Adoração do Santíssimo Sacramento

6ª FEIRA SANTA- 06/04
8h – Confissões individuais
12h às 16h – Adoração ao Santíssimo Sacramento
16h – Ação Litúrgica e Via Sacra luminosa conduzindo as Imagens de Bom Jesus dos Passos e N. Srª das Dores até o serrote da Cruz.

SABÁDO SANTO – 07/04
20h – celebração da Vigília Pascal.

DOMINGO DA PÁSCOA – 08/04
6h30, 8h30, 19h – Missa de Domingo de Páscoa.
7h30 – Batizados.

IGREJA DE SANTA MARTA DE BETÂNIA
DOMINGO DE RAMOS – 01/04
6h30 – Benção dos Ramos, procissão saindo da casa das irmãs de Belém e Missa

2ª FEIRA SANTA -02/04
19h – Via Sacra

3ª FEIRA SANTA – 03/04
19H – Confissões Individuais

4ª FEIRA SANTA-04/04
19h – Adoração do Santíssimo Sacramento

DOMINGO DA PASCOA – 08/04
Missa da Páscoa
CUMUNIDADE DA DIVINA MISERICORDIA (VILA ALTIVA)
DOMINGO DE RAMOS – 01/04
16h30 – Benção dos Ramos, procissão saindo da DISBECOL e missa

2ª FEIRA SANTA – 02/04
19h – Confissões Individuais

DOMINGO – 08/04
17h – Missa de Páscoa
VILA CARLINDO DANTAS
DOMINGO DE RAMOS – 01/04
17h – Benção dos Ramos, procissão e Celebração da Palavra

2ª FEIRA SANTA – 02/04
19h – Via-Sacra

DOMINGO DE PÁSCOA – 08/04
17h – Celebração da Palavra
CAPELA DE SÃO SEBASTIÃO
2ª FEIRA SANTA – 02/04
6h – Missa

3ª FEIRA SANTA – 03/04
6h – Missa

4ª FEIRA SANTA – 04/04
6h – Missa

DOMINGO DE PÁSCOA – 08/04
17h – Celebração da Palavra

29 de março de 2012

Bispo de Caicó participará de assembléia nesta quinta (29) em Natal

Bispos de todo o Rio Grande do Norte participam nesta quinta-feira (29) da Assembleia Geral do Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários-Seapac, em Natal. O secretário de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social-Sethas, Luiz Eduardo Carneiro Costa, é convidado na reunião, que é realizada anualmente. Estarão presentes no encontro os bispos dom Jaime Vieira Rocha (Arcebispo de Natal), dom Heitor de Araújo Sales (presidente do Seapac), dom Matias Patrício (Arcebispo Emérito de Natal), dom Manoel Delson (bispo de Caicó- na foto), dom Mariano Manzana (bispo de Mossoró) e dom Francisco Dantas de Lucena (bispo de Guarabira, município do Estado da Paraíba).

A assembleia está marcada para as 10h desta quinta-feira (29) no Centro Pastoral João Paulo II, em Ponta Negra. A presença do secretário na reunião atende a um convite da coordenação do Seapac.

De acordo o com o diácono Francisco das Chagas, coordenador do Seapac, a presença do secretário Luiz Eduardo na assembleia “é importante, porque, além de se tratar do representante estadual da assistência social, a instituição está para assinar com o Governo do Estado, por meio da Sethas, o convênio para a construção de cisternas no Rio Grande do Norte”.

A entidade foi a vencedora do certame realizado pela Secretaria para a construção de 2.800 cisternas em 50 municípios potiguares. Os recursos, na ordem de R$ 4,7 milhões, são do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome-MDS, com a contrapartida estadual.

O projeto de cisternas integra um dos eixos do programa RN Mais Justo, lançado no início deste mês pela governadora Rosalba Ciarlini, com presença da ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello. A instalação de cisternas nas zonas urbana ou rural é uma das metas do eixo três do programa, que prevê o acesso da população mais carente aos serviços públicos.

Blog Robsom Pires.
 

19 de março de 2012

Mensagem do PAPA BENTO XVI Para o 46º Dia Mundial Das Comunicações Sociais

«Silêncio e palavra: caminho de evangelização»[Domingo, 20 de Maio de 2012] 
Amados irmãos e irmãs,
Ao aproximar-se o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2012, desejo partilhar convosco algumas reflexões sobre um aspecto do processo humano da comunicação que, apesar de ser muito importante, às vezes fica esquecido, sendo hoje particularmente necessário lembrá-lo. Trata-se da relação entre silêncio e palavra: dois momentos da comunicação que se devem equilibrar, alternar e integrar entre si para se obter um diálogo autêntico e uma união profunda entre as pessoas. Quando palavra e silêncio se excluem mutuamente, a comunicação deteriora-se, porque provoca um certo aturdimento ou, no caso contrário, cria um clima de indiferença; quando, porém se integram reciprocamente, a comunicação ganha valor e significado.
O silêncio é parte integrante da comunicação e, sem ele, não há palavras densas de conteúdo. No silêncio, escutamo-nos e conhecemo-nos melhor a nós mesmos, nasce e aprofunda-se o pensamento, compreendemos com maior clareza o que queremos dizer ou aquilo que ouvimos do outro, discernimos como exprimir-nos. Calando, permite-se à outra pessoa que fale e se exprima a si mesma, e permite-nos a nós não ficarmos presos, por falta da adequada confrontação, às nossas palavras e ideias. Deste modo abre-se um espaço de escuta recíproca e torna-se possível uma relação humana mais plena. É no silêncio, por exemplo, que se identificam os momentos mais autênticos da comunicação entre aqueles que se amam: o gesto, a expressão do rosto, o corpo enquanto sinais que manifestam a pessoa. No silêncio, falam a alegria, as preocupações, o sofrimento, que encontram, precisamente nele, uma forma particularmente intensa de expressão. Por isso, do silêncio, deriva uma comunicação ainda mais exigente, que faz apelo à sensibilidade e àquela capacidade de escuta que frequentemente revela a medida e a natureza dos laços. Quando as mensagens e a informação são abundantes, torna-se essencial o silêncio para discernir o que é importante daquilo que é inútil ou acessório. Uma reflexão profunda ajuda-nos a descobrir a relação existente entre acontecimentos que, à primeira vista, pareciam não ter ligação entre si, a avaliar e analisar as mensagens; e isto faz com que se possam compartilhar opiniões ponderadas e pertinentes, gerando um conhecimento comum autêntico. Por isso é necessário criar um ambiente propício, quase uma espécie de «ecossistema» capaz de equilibrar silêncio, palavra, imagens e sons.
Grande parte da dinâmica actual da comunicação é feita por perguntas à procura de respostas. Os motores de pesquisa e as redes sociais são o ponto de partida da comunicação para muitas pessoas, que procuram conselhos, sugestões, informações, respostas. Nos nossos dias, a Rede vai-se tornando cada vez mais o lugar das perguntas e das respostas; mais, o homem de hoje vê-se, frequentemente, bombardeado por respostas a questões que nunca se pôs e a necessidades que não sente. O silêncio é precioso para favorecer o necessário discernimento entre os inúmeros estímulos e as muitas respostas que recebemos, justamente para identificar e focalizar as perguntas verdadeiramente importantes. Entretanto, neste mundo complexo e diversificado da comunicação, aflora a preocupação de muitos pelas questões últimas da existência humana: Quem sou eu? Que posso saber? Que devo fazer? Que posso esperar? É importante acolher as pessoas que se põem estas questões, criando a possibilidade de um diálogo profundo, feito não só de palavra e confrontação, mas também de convite à reflexão e ao silêncio, que às vezes pode ser mais eloquente do que uma resposta apressada, permitindo a quem se interroga descer até ao mais fundo de si mesmo e abrir-se para aquele caminho de resposta que Deus inscreveu no coração do homem.
No fundo, este fluxo incessante de perguntas manifesta a inquietação do ser humano, sempre à procura de verdades, pequenas ou grandes, que dêem sentido e esperança à existência. O homem não se pode contentar com uma simples e tolerante troca de cépticas opiniões e experiências de vida: todos somos perscrutadores da verdade e compartilhamos este profundo anseio, sobretudo neste nosso tempo em que, «quando as pessoas trocam informações, estão já a partilhar-se a si mesmas, a sua visão do mundo, as suas esperanças, os seus ideais» (Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2011).Devemos olhar com interesse para as várias formas de sítios, aplicações e redes sociais que possam ajudar o homem actual não só a viver momentos de reflexão e de busca verdadeira, mas também a encontrar espaços de silêncio, ocasiões de oração, meditação ou partilha da Palavra de Deus. Na sua essencialidade, breves mensagens – muitas vezes limitadas a um só versículo bíblico – podem exprimir pensamentos profundos, se cada um não descuidar o cultivo da sua própria interioridade. Não há que surpreender-se se, nas diversas tradições religiosas, a solidão e o silêncio constituem espaços privilegiados para ajudar as pessoas a encontrar-se a si mesmas e àquela Verdade que dá sentido a todas as coisas. O Deus da revelação bíblica fala também sem palavras: «Como mostra a cruz de Cristo, Deus fala também por meio do seu silêncio. O silêncio de Deus, a experiência da distância do Omnipotente e Pai é etapa decisiva no caminho terreno do Filho de Deus, Palavra Encarnada. (...) O silêncio de Deus prolonga as suas palavras anteriores. Nestes momentos obscuros, Ele fala no mistério do seu silêncio» (Exort. ap. pós-sinodal Verbum Domini, 30 de Setembro de 2010, n. 21). No silêncio da Cruz, fala a eloquência do amor de Deus vivido até ao dom supremo. Depois da morte de Cristo, a terra permanece em silêncio e, no Sábado Santo – quando «o Rei dorme (…), e Deus adormeceu segundo a carne e despertou os que dormiam há séculos» (cfr Ofício de Leitura, de Sábado Santo) –, ressoa a voz de Deus cheia de amor pela humanidade.Se Deus fala ao homem mesmo no silêncio, também o homem descobre no silêncio a possibilidade de falar com Deus e de Deus. «Temos necessidade daquele silêncio que se torna contemplação, que nos faz entrar no silêncio de Deus e assim chegar ao ponto onde nasce a Palavra, a Palavra redentora» (Homilia durante a Concelebração Eucarística com os Membros da Comissão Teológica Internacional, 6 de Outubro de 2006). Quando falamos da grandeza de Deus, a nossa linguagem revela-se sempre inadequada e, deste modo, abre-se o espaço da contemplação silenciosa. Desta contemplação nasce, em toda a sua força interior, a urgência da missão, a necessidade imperiosa de «anunciar o que vimos e ouvimos», a fim de que todos estejam em comunhão com Deus (cf. 1 Jo 1, 3). A contemplação silenciosa faz-nos mergulhar na fonte do Amor, que nos guia ao encontro do nosso próximo, para sentirmos o seu sofrimento e lhe oferecermos a luz de Cristo, a sua Mensagem de vida, o seu dom de amor total que salva.
Depois, na contemplação silenciosa, surge ainda mais forte aquela Palavra eterna pela qual o mundo foi feito, e identifica-se aquele desígnio de salvação que Deus realiza, por palavras e gestos, em toda a história da humanidade. Como recorda o Concílio Vaticano II, a Revelação divina realiza-se por meio de «acções e palavras intimamente relacionadas entre si, de tal modo que as obras, realizadas por Deus na história da salvação, manifestam e confirmam a doutrina e as realidades significadas pelas palavras; e as palavras, por sua vez, declaram as obras e esclarecem o mistério nelas contido» (Const. dogm. Dei Verbum, 2). E tal desígnio de salvação culmina na pessoa de Jesus de Nazaré, mediador e plenitude da toda a Revelação. Foi Ele que nos deu a conhecer o verdadeiro Rosto de Deus Pai e, com a sua Cruz e Ressurreição, nos fez passar da escravidão do pecado e da morte para a liberdade dos filhos de Deus. A questão fundamental sobre o sentido do homem encontra a resposta capaz de pacificar a inquietação do coração humano no Mistério de Cristo. É deste Mistério que nasce a missão da Igreja, e é este Mistério que impele os cristãos a tornarem-se anunciadores de esperança e salvação, testemunhas daquele amor que promove a dignidade do homem e constrói a justiça e a paz.Palavra e silêncio. Educar-se em comunicação quer dizer aprender a escutar, a contemplar, para além de falar; e isto é particularmente importante paras os agentes da evangelização: silêncio e palavra são ambos elementos essenciais e integrantes da acção comunicativa da Igreja para um renovado anúncio de Jesus Cristo no mundo contemporâneo. A Maria, cujo silêncio «escuta e faz florescer a Palavra» (Oração pela Ágora dos Jovens Italianos em Loreto, 1-2 de Setembro de 2007), confio toda a obra de evangelização que a Igreja realiza através dos meios de comunicação social.
Vaticano, 24 de Janeiro – dia de São Francisco de Sales – de 20

10 de março de 2012

3º Domingo da Quaresma

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

13Estava próxima a Páscoa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém.
14No Templo, encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam aí sentados.
15Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas. 16E disse aos que vendiam pombas: “Tirai isso daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!”
17Seus discípulos lembraram-se, mais tarde, que a Escritura diz: “O zelo por tua casa me consumirá”.
18Então os judeus perguntaram a Jesus: “Que sinal nos mostras para agir assim?”
19Ele respondeu: “Destruí este Templo, e em três dias eu o levantarei”.
20Os judeus disseram: “Quarenta e seus anos foram precisos para a construção deste santuário e tu o levantarás em três dias?”
21Mas Jesus estava falando do Templo do seu corpo.
22Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra dele.
23Jesus estava em Jerusalém durante a festa da Páscoa. Vendo os sinais que realizava, muitos creram no seu nome.
24Mas Jesus não lhes dava crédito, pois ele conhecia a todos; 25e não precisava do testemunho de ninguém acerca do ser humano, porque ele conhecia o homem por dentro.



- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Réplica do Cristo Redentor será entregue a Bento XVI


Réplica de três metros de altura da imagem do Cristo Redentor será entregue ao Papa no Domingo de Ramos
Os organizadores da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Rio2013 estarão em Roma no dia 1º de abril, para entregar ao Papa Bento XVI, durante a Missa do Domingo de Ramos, uma réplica de três metros de altura da imagem do Cristo Redentor. Neste dia é celebrada a comemoração diocesana da Jornada Mundial da Juventude.

Segundo o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, a imagem deverá ficar na capital italiana para representar o Rio e divulgar a cidade como sede da próxima JMJ.

O presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, Cardeal Stanislaw Rylko, destacou a necessidade de ampliar as informações sobre os preparativos para a JMJ no Rio de Janeiro.

"Queremos lançar o caminho, a nível internacional, de preparação da cidade. Já recebemos comunicados de muitos integrantes (das confederações) querendo saber como o Rio está se preparando. Agora, poderemos dar notícias encorajadoras e belas", afirmou o prelado, que também é o responsável pela organização da Jornada Mundial da Juventude no Vaticano.

Dom Rylko passou a última semana analisando e coletando informações da cidade para levar ao Vaticano. Ele se reuniu com autoridades, visitou algumas instalações, celebrou Missa no Cristo Redentor e encontrou-se com jovens da Igreja Católica.

Para o cardeal, o "trabalho está bastante avançado".

O processo de organização da Jornada é dividido entre duas grandes comissões: o Comitê Central, que é o Pontifício Conselho para os Leigos, em Roma, e o Comitê Organizador Local, no Rio de Janeiro. Até a data da Jornada as duas equipes trabalharão juntas para garantir que a Jornada aconteça da melhor forma.

A viagem do Comitê Organizador Local ao Vaticano tem como objetivo avaliar a última jornada realizada em Madri e apresentar a cidade do Rio de Janeiro. Estarão presentes representantes das Conferências Episcopais e movimentos de mais de 80 países, entre eles, peregrinos das últimas JMJs, em Madri e Sidney.

Posteriormente, os jovens das confederações episcopais visitarão o Rio antes da jornada para ver como a cidade estará se encaminhando para receber cerca de dois milhões de pessoas.

Com a JMJ no Rio de Janeiro, o evento retorna ao continente latinoamericano 25 anos depois do encontro em Buenos Aires, na Argentina, com o Papa João Paulo II.

Papa pede reforço no ensinamento sobre castidade e matrimônio

Bento XVI faz orientações claras sobre a indissolubilidade do matrimônio e vivência da castidade em audiência nesta sexta-feira
O ensinamento da Igreja sobre a família e sobre o matrimônio esteve ao centro do discurso do Papa Bento XVI ao grupo de bispos americanos, reunidos na manhã desta sexta-feira, 09, no Vaticano, que estão em visita Ad Limina. Bento XVI denuncia a tentativa de alterar a definição legal de matrimônio.

O Papa pede o desenvolvimento de uma pastoral clara e normas de liturgia para uma digna celebração do matrimônio que - acrescenta - "comporta um testemunho não ambiguo das objetivas exigências da moral cristã". Bento XVI fala ainda de "carências nas catequeses dos anos recentes" na comunicação da doutrina da Igreja Católica, que em relação Sacramento do matrimônio e à castidade, é clara.
O Santo Padre em seu discurso reforça que "o Sacramento do matrimônio é indissolúvel" e que "as diferenças sexuais na definição do matrimônio não podem ser consideradas irrelevantes". Ele também fala da riqueza da visão cristã da sexualidade humana e da castidade, da específica comunhão entre as pessoas, essencialmente enraizada na complementariedade dos sexos e orientada para procriação.
O Pontífice recordou que tal doutrina é expressa pelo magistério depois do Concílio e apresentada no Catecismo da Igreja Católica e no Compêndio da Doutrina Social da Igreja, e afirma: "Existe a necessidade que tais ensinamentos sejam recolocados no seu justo lugar na oração e nas indicações catequéticas".
Bento XVI fala de "crise do matrimônio e da família", da crescente prática da convivência antes do matrimônio que, segundo ele, "é vivida geralmente por parte de casais que não são conscientes do fato que se trata de uma situação gravemente pecaminosa". A este propósito o Papa recorda os tantos problemas da sociedade atual que não tutela a família o suficiente. Ele denuncia as correntes culturais que procuram alterar a definição legal do matrimônio.
Ao final, o Santo Padre dispensou palavras de apreço pelo empenho dos bispos americanos em suas dioceses através das paróquias, das escolas, dos organismos humanitários e pediu para que existam pessoas que estejam ao lado daqueles que estão em situações matrimoniais dificeis, em particular divorciados e separados, pais solteiros, mães jovens e mulheres que levam em consideração o aborto, assim como, menores que sofram as consequências da ruptura da família.

Mulheres desempenham grande papel na Igreja


A virgindade e a maternidade: duas dimensões particulares na realização da personalidade feminina. A luz do Evangelho, elas adquirem a plenitude do seu sentido e valor em Maria, que como Virgem se tornou Mãe do filho de Deus.

“A virgindade e a maternidade coexistem nela: não se excluem, nem se limitam reciprocamente. Antes, a pessoa da Mãe de Deus ajuda todos — especialmente todas as mulheres — a perceberem de que modo estas duas dimensões e estes dois caminhos da vocação da mulher, como pessoa, se desdobram e se completam reciprocamente”, escreve o Papa João Paulo II, na encíclica Mulieris dignitatem.

João Paulo II lembra que a virgindade no sentido evangélico comporta a renúncia ao matrimônio e, por conseguinte, também à maternidade física. Todavia, a renúncia a este tipo de maternidade, que pode também comportar um grande sacrifício para o coração da mulher, abre para a experiência de uma maternidade de sentido diverso: a maternidade “segundo o espírito”.

“Ao viver a maternidade espiritual damos nossa vida aos outros. Aqui no Carmelo, pela oração, podemos atingir o mundo inteiro e não só o ambiente mais próximo”, conta irmã Vânia Maria do Espírito Santo, Madre priora do Carmelo São José de Três Pontas (MG).

Prestes a completar 50 anos de vida religiosa, Irmã Vânia se diz muito feliz. Para ela cada dia Deus traz uma novidade. “Vejo isso na grande misericórdia de Deus. Percebo, nessa escolha de Deus, Seu grande amor por nós”, salienta.


Diversas atuações da mulher na Igreja

Mas não é só na vida religiosa que a mulher pode atuar na Igreja. Elas estão presentes também nas pastorais, nos estudos teológicos, no ensino catequético e nas frentes de proteção à vida. Um grande exemplo é a médica Zilda Arns, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, reconhecida no Brasil e no mundo por sua contribuição para a sociedade.

Como referência teológica, basta lembrar as doutoras da Igreja: Santa Catarina de Sena, Santa Tereza d’Ávila e Santa Terezinha do Menino Jesus.  “A sociedade e a Igreja devem proporcionar à mulher maiores possibilidades concretas de inserção na construção da vida em comum. Só assim, a mulher mostrará o que ela pode dar e realizar”, salienta a focolarina.

A encíclica Mulieris dignitatem, ressalta que no cristianismo, mais que em qualquer outra religião, a mulher tem, desde as origens, um estatuto especial de dignidade, do qual o Novo Testamento atesta não poucos aspectos.

 “Aparece com evidência que a mulher é destinada a fazer parte da estrutura viva e operante do cristianismo de modo tão relevante, que talvez ainda não tenham sido enucleadas todas as suas virtualidades”, escreve João Paulo II.

A partir do Concílio Vaticano II, com a revalorização do laicato na Igreja, voltando-se para a dimensão comunitária de mesma, iniciou-se uma grande corrente de renovação, devolvendo aos leigos a consciência da sua importância.

 “Hoje através dos Movimentos e das Novas Comunidades Eclesiais vê-se um florescimento espontâneo de carismas, sob a luz do Espírito Santo, possibilitando um grande protagonismo às mulheres. Emerge então o perfil mariano da Igreja  tão evidenciado por João Paulo II”, reforça a teóloga Rosa Maria Chaplin Ayter.

Dentro da Igreja, a socióloga e membro do conselho mundial do Movimento dos Focolares, Vera Araujo, afirma que se vê a necessidade da presença da mulher para uma maior participação na gestão também das estruturas eclesiásticas, no sentido de converte-las sempre mais em estruturas não de poder, mas de verdade, de serviço e de amor.

"A nova evangelização também começa no confessionário", diz Papa


O Papa Bento XVI encontrou-se na manhã desta sexta-feira, 09, com os membros da Penitenciaria Apostólica que participaram do XIII Curso sobre Foro Interno promovido pelo próprio dicastério vaticano, de 5 a 9 de março. A audiência aconteceu na Sala Paulo VI, no Vaticano.
Durante o discurso, Bento XVI falou sobre o Sacramento Confissão, algo que está diretamente ligado ao trabalho da Penitenciaria Apostólica. De acordo com o Santo Padre, existe uma relação profunda entre esse Sacramento e a nova evangelização.
"A nova evangelização, então, parte também do Confessionário! Parte do misterioso encontro entre a grande busca do homem, sinal nele do Mistério Criador, e a Misericórdia de Deus, única resposta adequada à necessidade humana do infinito", enfatizou. 
O Pontífice explicou ainda, que cada sacerdote torna-se instrumento da misericórdia de Deus quando administra o Sacramento da Reconciliação e fez um pedido para que cada ministro ordenado reconheça a importância deste sacramento também na sua própria vida.
"O ministro do Sacramento da Reconciliação colabora com a nova evangelização renovando ele mesmo por primeiro, a consciência do próprio ser penitente e da necessidade de aproximar-se do perdão sacramental, para que se renove aquele encontro com Cristo, que, iniciado no Batismo, encontrou no Sacramento da Ordem uma específica e definitiva configuração", salientou.
O que é a Penitenciaria Apostólica?
A Penitenciaria Apostólica é considerada o "Tribunal maior" da Igreja, responsável pela administração das dispensas, das sanções, e absolvições, sejam elas sacramentais ou não. O mesmo discastério também administra a concessão e o uso adequado das indulgências.

Amor pela Palavra de Deus

Deus jamais se esquece daqueles que lutam para viver a sua fé. Para Ele nós não somos uma multidão nem, simplesmente, mais um em meio aos outros. Ele nos ama de modo pessoal, sabe das nossas alegrias e tristezas, sabe daquilo que é mais necessário para nossa vida e nunca se ausenta de nós. O Senhor está sempre por perto, mas nós, às vezes, não somos capazes de enxergá-Lo, porque não temos consciência do Seu amor por nós.

A palavra de Deus, ao nos mostrar a diferença entre o homem rico e Lázaro, nos diz que o rico colheu o fruto de sua opção; enquanto que Lázaro gozou do privilégio de estar ao lado de Abraão.

Rico, para Jesus, é aquele que acredita que pode dar conta, sozinho, dos problemas da vida. Pobre, no entanto, é quem reconhece que, sem Deus, sua vida não é nada. A Palavra nos diz que esta vida é o lugar no qual decidiremos como viver a eternidade, por isso não podemos vivê-la de qualquer jeito.

Se vivermos, neste mundo, de costas para Deus, continuaremos de costas para Ele na eternidade. Por isso, precisamos entender que não vivemos a nossa comunhão com o Senhor por medo de ir para o inferno, mas reconhecendo que esta é a única oportunidade que teremos de fazer o bem.

O Senhor nos colocou nessa vida para sermos abençoados. Fomos feitos para viver como filhos d'Ele, para louvar, amar e servir o Deus todos poderoso com alegria e júbilo.

Não nos faltam meios para que possamos alcançar o objetivo de santificação como a Escritura e os sacramentos, de modo especial o sacramento da Eucaristia e da reconciliação. Você é batizado para se tornar filho de Deus. Faz Primeira Comunhão para estar mais intimamente ligado ao Senhor. Comungar é aproximar-se da Eucaristia, como disse o centurião: “Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa. Dizei uma só palavra e meu servo será curado” (Mateus 8,8). Jesus pode e quer mudar a sua vida se você acreditar.

Somos crismados não para receber uma certidão, mas para dizermos “estou cheio do Espírito Santo e, com Ele, vou combater e defender a minha fé.

"Aprenda a descobrir a beleza do Senhor." nos ensina Padre Alberto Gambarini
Foto: Maria Andrea/cancaonova.com

Todos os dias precisamos dobrar os joelhos, fechar a porta e rezar. Deus repete para nós: “Pare de fazer coisas para mim e faça coisas comigo”. E fazer as coisas com Ele é entender que a obra é do Senhor e que a Palavra é alimento.

Jesus fala na Palavra, mas aponta para o Altar, onde essa palavra se faz carne. Na Eucaristia, Jesus se faz carne, e esta se transforma em alimento. A fé descobre, na Palavra e nos sacramentos, os sinais de Deus a respeito do sentido da vida.

Aprenda a descobrir a beleza do Senhor. Ao participar dos sacramentos, precisamos descobrir a alegria de estar na presença de Deus, pois é nela que nos rejuvenescemos. Uma das coisas que nos renova e nos impulsiona é nossa fé que nos faz ter a certeza de que Deus está conosco. E se Ele está conosco, quem estará contra nós?

Que não haja tristeza no seu coração. Cante, faça sua oferta, olhe para o altar, apresente suas necessidades ao Senhor.

Somos chamados a cuidar da vinha do Senhor

“Os judeus, a quem Jesus se dirige no átrio do Templo, compreendem muito bem a parábola que o Senhor lhes conta, inspirada na alegoria da vinha” (cf. Is 5,1-7).
Os príncipes dos sacerdotes e os anciãos são os vinhateiros que têm o privilégio de cultivar a vinha predileta do Senhor, o povo de Israel. Estes vinhateiros, hoje, somos nós, a quem Jesus encarrega da missão de cuidar da vinha de Deus, Seu Pai.
Lembro-me de  que, no momento da colheita, ao invés de apresentarem os frutos ao dono, os vinhateiros quiseram se apropriar deles e maltrataram os profetas que lhes foram enviados. Hoje acontece a mesma coisa. Apropriamo-nos da vida de outra pessoa ao invés de protegê-la e fazê-la crescer em estatura e graça, segundo o projeto do Criador. Roubamos, traímos, mentimos e cometemos inúmeros pecados.
No Evangelho, Jesus nos fala abertamente: “o Reino nos será tirado e entregue à outros se não nos convertermos das nossas ambições, orgulhos e vaidades; se não abandonarmos a vida do pecado e não aprendermos a praticar a justiça e o bem!”.
Finalmente, Deus nos enviou Seu próprio Filho, Jesus Cristo. Esta é a última oportunidade que Ele nos oferece para que nos tornemos seus colaboradores na obra da salvação.
Veja que, como os viticultores conduzidos habilmente por Jesus, os chefes dos sacerdotes e os anciãos do povo tiraram as conclusões das consequências de tal ato: “o dono, que é Deus, ‘dará morte eterna aos malvados e arrendará a vinha a outros vinhateiros que Lhe entregarão os frutos na altura devida’”. Assim, nós precisamos tomar consciência de que, se não fizermos render os talentos que recebemos do Senhor, teremos o mesmo destino.
Os “novos vinhateiros” constituem-se pecadores que, convertidos e acolhendo a mensagem da Quaresma – que os chama a rasgar os seus corações, mas não as vestes; a fazer penitência com jejum e oração por causa dos seus pecados -, tornam-se verdadeiramente os cultivadores da vinha do Senhor. Eles anunciam a Boa Nova, são eles os defensores da Igreja, dando a Deus abundantes frutos, ora cem, ora sessenta, ora trinta por um!
Oxalá, meu irmão, que eu e você não tenhamos a mesma sorte dos viticultores retratados por Jesus neste Evangelho. Mas sim a sorte daqueles que, assumindo a sua vocação, tornam-se realmente discípulos e missionários de Jesus Cristo com uma missão específica.

Oremos no Espírito

Na oração em línguas, quem ora em nós é o Espírito Santo. Não sabemos orar, então colocamo-nos na presença de Deus e realizamos a nossa parte, que é emitir os sons e abrir o coração. Quem ora em nós é o Espírito Santo. Quem se põe diante de Deus por nós, como nosso Advogado, é o Espírito Santo. Assim como o advogado sabe falar com o juiz, o Espírito Santo Paráclito sabe falar com o Pai e com Jesus. Assim como o advogado, conhecendo bem os riscos de sua situação, emprega os termos corretos para defendê-lo, o Espírito Santo apresenta os anseios do seu coração e, com as corretas palavras, o defende diante de Deus. Essa é a atitude fundamental do intercessor.

Somos intercessores, mas o principal Intercessor é o Espírito Santo de Deus. Oremos no Espírito e oremos também com a inteligência. Nossa oração é essencial na intercessão, mas a oração em línguas torna-se fundamental, porque é o próprio Espírito orando em nós, com os termos certos para a intercessão.

5 de março de 2012

Começam os trabalhos de abertura para beatificação de freira mineir

Começa neste domingo, 4, o processo de beatificação da Serva de Deus, madre Tereza Margarida do Coração de Maria, carinhosamente chamada por todo de Nossa Mãe. O processo será aberto com uma missa, marcada para as 16h, que será celebrada pelo bispo de Campanha, Dom Diamantino de Carvalho.

As irmãs Carmelitas preparam, desde que chegou de Roma, a licença para a abertura do processo de beatificação de “Nossa Mãe”, em 7 de julho de 2011. A partir daí, a vida das enclausuradas girou em torno disso. Há um mês, a comunidade religiosa está fazendo uma preparação espiritual, uma vivência da prática das virtudes e ainda mais de oração e silêncio.

“A gente está se preparando para viver na intensidade este momento tão especial e único. Esta é a primeira vez que isto acontece e nos deixa muito felizes, mas aumenta a nossa responsabilidade, pois ela seguiu esta mesma vida e viveu na perfeição, ao ponto de ser reconhecida pela igreja”, afirmou a priora do Carmelo São José, irmã Vânia Maria do Espírito Santo

O processo


O processo de beatificação será aberto em sessão solene marcada para as 16h deste domingo, 4, na Matriz Nossa Senhora D’Ajuda. A partir de 14h, os restos mortais da Nossa Mãe, que foram retirados do túmulo do cemitério no dia 26 de fevereiro, já estarão em urna para visitação na igreja. Em seguida, terá início a celebração, que seguirá um ritual diferente das habituais: no final, os fiéis sairão em procissão até o Carmelo, onde os restos mortais serão colocados no túmulo e a capela será inaugurada.

O processo de retirada dos restos mortas da madre foi acompanhado por orações de Dom Diamantino Prata de Carvalho durante a abertura do caixão. O postulador da causa, Dr. Paolo Villota, também participou do ato.

Dom Diamantino nomeou duas comissões para cuidar do processo de beatificação: um Tribunal Eclesiástico e a Comissão Histórica, com cargos e posições definidas dentro da diocese. A priora do Carmelo São José pediu ajuda da comunidade para levantamento de informações sobre a vida e atuação de irmã Maria Tereza, já que foram poucos os dados da freira levadas ao Carmelo para ser incluso no processo.

“Quero deixar bem claro que nada disso será divulgado, nem vai aparecer o nome de quem recebeu uma correspondência com conselhos dela, pois podemos encontrar coisas sobre a intimidade das pessoas. Precisamos e ter em mãos a sua forma de atuação”, explicou irmã Vânia.

História

Madre Tereza nasceu em Borda da Mata, no Sul de Minas, e viveu por muito tempo em Cruzeiro, interior de São Paulo. Ela foi fundadora do Carmelo São José, onde viveu por 43 anos. Ingressou na Ordem das Carmelitas, aos 21 anos de idade, no mosteiro de Mogi das Cruzes, interior de São Paulo. Nossa Mãe, como é chamada, morreu em novembro de 2005, 40 dias antes de completar 90 anos.

Papa encerra retiro espiritual com profundo agradecimento a Deus

O Papa Bento XVI participou na manhã deste sábado, 3, da última meditação dos exercícios espirituais da Quaresma, que se realizaram ao longo de toda a semana. Ao final deste retiro quaresmal, o Papa dirigiu algumas palavras de agradecimento ao Cardeal congolês Laurent Monsengwo Pasinya, que este ano foi o autor das meditações, que tiveram como tema a comunhão com Deus.

"Obrigado, Eminência, em nome de todos, pela guia que nos doou nesses Exercícios Espirituais. O senhor nos guiou, como dizer, no grande jardim da Primeira Carta de S. João e assim em toda a Escritura, com grande competência exegética e com experiência espiritual e pastoral. Guiou sempre com o olhar dirigido a Deus, e justamente com este olhar a Deus, aprendemos o amor, a fé que cria comunhão. E o senhor temperou essas suas meditações com belas histórias, principalmente de sua querida terra africana, que nos deram alegria e nos ajudaram".

Bento XVI disse que ficou particularmente impressionado com a história que o Cardeal contou de um amigo seu, que, em coma, tinha a impressão de estar num túnel escuro, mas no final via um pouco de luz e, sobretudo, ouvia uma bela música.

"Parece-me que esta possa ser uma parábola da nossa vida: muitas vezes nos encontramos num túnel escuro em plena noite, mas pela fé, no final, vemos luz e ouvimos um bela música, percebemos a beleza de Deus, do céu e da terra, de Deus criador e da criatura, e assim nossa salvação é objeto de esperança (cfr Rm 8,24)”.

Além das palavras pronunciadas de maneira improvisada, Bento XVI entregou uma carta de agradecimento ao Arcebispo de Kinshasa. Em um dos trechos da mensagem, o Papa destacou que as reflexões permitiram um profundo reconhecimento por Deus.

"Comentando alguns trechos da Primeira Carta de S. João, o senhor nos guiou num itinerário de redescobrimento do mistério de comunhão em que fomos inseridos a partir do nosso Batismo. Graças a este percurso, o silêncio e a oração desses dias, de modo especial a adoração eucarística, foram repletos de profundo reconhecimento por Deus, pelo “grande amor” (1 Jo 3,1) que nos deu e com o qual nos uniu a Si numa relação filial, que constitui a nossa mais profunda realidade".
A partir deste domingo, 4, com o a oração mariana do Angelus, o Papa retoma sua habitual agenda de encontros e audiências. (BF)

"Jesus nos propõe subir a montanha da oração", diz Bento XVI


Uma bela jornada de sol, com temperatura primaveril, foi o cenário que acolheu milhares de fiéis e peregrinos de diversos países do mundo, sobretudo jovens, que vieram à Praça S. Pedro para ver o ouvir o Papa rezar a oração mariana do Angelus.

Este domingo, o segundo da Quaresma, se caracteriza como domingo da Transfiguração de Cristo. De fato, no itinerário quaresmal, a liturgia, depois de nos convidar a seguir Jesus no deserto para enfrentar e vencer com Ele as tentações, nos propõe subir a "montanha" da oração, para contemplar sobre o rosto humano de Jesus a luz gloriosa de Deus.

O episódio da transfiguração de Cristo é comprovado de maneira concorde pelos Evangelistas Mateus, Marcos e Lucas. Os elementos essenciais são dois: antes de tudo, Jesus sobe com os discípulos Pedro, Tiago e João numa alta montanha e ali "foi transfigurado diante deles" (Mc 9,2), o seu rosto e suas vestes tornam-se resplandecentes, enquanto do seu lado aparecem Moises e Elias; em segundo lugar, uma nuvem cobre a montanha e dela sai uma voz que dizia: "Este é meu Filho amado, ouvi-o!" (Mc 9,7). Portanto, a luz e a voz: a luz divina que resplende no rosto de Jesus, e a voz do Pai celeste que testemunha por Ele e pede que seja ouvido.


O Papa explica: "O mistério da transfiguração não deve ser separado do contexto do caminho que Jesus está percorrendo. Ele se dirigiu decididamente rumo à realização da sua missão, bem sabendo que, para alcançar a ressurreição, deveria passar através da paixão e da morte na cruz. Disso falou abertamente aos discípulos, os quais, porém, não entenderam, ou melhor, rejeitaram esta perspectiva".

Por isso, Jesus levou consigo três deles para a montanha e revelou a sua glória divina. Jesus queria que esta luz iluminasse seus corações no momento de atravessar a escuridão da sua paixão e morte, quando o escândalo da cruz fosse para eles insuportável.

Deus é luz, e Jesus quis doar aos seus amigos mais íntimos a experiência desta luz que habita Nele. Assim, depois deste acontecimento, Ele se transformou neles luz interior, capaz de protegê-los dos ataques das trevas. Também na noite mais escura, Jesus é a luz que jamais se apaga.

"Queridos irmãos e irmãs, todos nós necessitamos da luz interior para superar as provas da vida. Esta luz vem de Deus e é Cristo que a doa a nós. Peçamos à Virgem Maria que nos ajude a viver esta experiência no tempo da Quaresma, encontrando todos os dias alguns momentos para a oração silenciosa e para a escuta da Palavra de Deus."

Papa vai a paróquia romana e alerta sobre analfabetismo religioso


Após uma semana de retiro quaresmal, sem audiências e compromissos públicos, o Papa Bento XVI deixou o Vaticano na manhã deste domingo, 04, para visitar a Paróquia São João Batista de La Salle al Torrino, na periferia sul de Roma.

Trata-se de uma paróquia jovem, com cerca de 12 mil habitantes, composta por 85% de jovens casais com filhos em idade escolar. De fato, milhares de crianças acolheram calorosamente seu Bispo, que fez questão de cumprimentar pessoalmente inúmeras delas posicionadas na praça diante da igreja, onde foi celebrada a Santa Missa.

A Igreja também é jovem, pois foi erigida no Jubileu do Ano 2000 e consagrada em 2009. Sua posição geográfica, no ponto mais alto do bairro, notou o Pontífice na sua homilia, é significativa, porque indica que também nós precisamos subir no monte da transfiguração para receber a luz de Deus, para que seu Rosto ilumine o nosso rosto. "É na oração pessoal e comunitária que nós encontramos o Senhor não como uma idéia, como uma proposta moral, mas como uma Pessoa que quer entrar em relação conosco, que quer ser amigo e renovar a nossa vida para torná-la como a sua."

Mas este encontro não é somente um fato pessoal: "Esta igreja posicionada no ponto mais alto do bairro lhes recorda que o Evangelho deve ser comunicado, anunciado a todos. Não esperem que outros venham trazer-lhes mensagens diferentes, que não conduzem à verdadeira vida, mas sejam vocês mesmos missionários de Cristo aos irmãos lá onde vivem, estudam ou somente transcorrem o tempo livre".


A fé, recordou o Pontífice, deve ser vivida em comunhão, e a paróquia é o local no qual se aprende a viver a própria fé em meio aos outros. "Desejo encorajá-los para que cresça a corresponsabilidade pastoral, numa perspectiva de autêntica comunhão entre todas as realidades presentes, que são chamadas a caminhar juntas. Que o próximo Ano da Fé seja uma ocasião propícia também para esta paróquia, para fazer crescer e consolidar a experiência da catequese sobre as grandes verdades da fé cristã, e superar o 'analfabetismo religioso' que é um dos maiores problemas de hoje."

O Papa recordou o papel da família e de toda a comunidade cristã de educar à fé, citando em especial o ensinamento de São João Batista de La Salle. "Em especial, queridas famílias, vocês são o ambiente de vida em que se movem os primeiros passos da fé; sejam comunidades em que se aprende a conhecer e a amar sempre mais o Senhor, comunidades que se enriquecem reciprocamente para viver uma fé realmente adulta."

Por fim, Bento XVI confiou à Virgem Maria o nosso caminho quaresmal, como o de toda a Igreja, para que nos ajude a sermos discípulos fiéis de Cristo, cristãos maduros, para poder participar com Ela da plenitude da alegria pascal.

A misericórdia de Deus é bem-aventurança, profecia e terapia

No imenso tesouro do Evangelho, a misericórdia é como uma gema preciosa que é  sólida e delicada ao mesmo tempo, verdadeira e transparente na sua simplicidade, brilhante pela vida e alegria que difunde. Compaixão, solidariedade, ternura e perdão são como seus ângulos de polimento, por onde se reflete – em raios coloridos e acessíveis – o amor regenerador de Deus.
Para mim, neste tempo da Quaresma, a misericórdia de Deus se traduz em resgate, cura, abrigo, libertação, sustento, proteção, acolhida, generosidade e salvação – graças tão marcantes na caminhada do Povo de Deus. No decorrer dos séculos, a comunidade cristã tem atualizado esta experiência em novos contextos, lugares e relacionamentos. A Liturgia a celebra. A prece a invoca. A pregação a proclama. Os místicos a enfatizam. O magistério a propõe. As obras a cumprem.
Antiga e sempre nova, a misericórdia de Deus se pode entender em outras palavras sob três pontos: bem-aventurança, profecia e terapia.
Como bem-aventurança, a misericórdia aproxima o Reino de Deus das pessoas, e as pessoas do Reino de Deus. É prática que dignifica o ser humano: tanto quem a dá, quanto quem a recebe. Está repleta de gratuidade e alegria, como disse Jesus: “Felizes os misericordiosos, pois alcançarão misericórdia” (Mt 5,7).
As obras de misericórdia são também profecias da Justiça do Reino, que supera toda fronteira de raça, credo ou ideologia. Diante da humanidade ferida e carente, somos servidores da vida e da esperança, dentro e fora da Igreja, para crentes e não-crentes, a fim de que “todos tenham vida e vida em plenitude” (Jo 10,10). Jesus nos indicou o exemplo do bom samaritano para mostrar a todos que a misericórdia não aceita fronteiras!
Enfim, a misericórdia é também terapia: compaixão que restaura, toque que regenera e cuidado que aquece. As obras de misericórdia têm eficácia curadora: socorrem nossa humanidade ferida pelo pecado e pelo desamor, restaurando em nós a imagem do Cristo glorioso, para que Suas feições resplandeçam na nossa face, na face da Igreja, na face de toda a humanidade redimida.
Se a compaixão é um sentir que nos comove na direção do próximo, a misericórdia se caracteriza como gesto que realiza este sentir solidário. Na compaixão temos um sentimento que mobiliza; na misericórdia temos o exercício deste sentimento. Daí os verbos: cumprir, mostrar, fazer e agir – que expressam a eficácia do amor misericordioso humano e, sobretudo, divino (cf. Êx 20,6; Sl 85,8; Lc 1,72 e 10,37).
A misericórdia tem caráter operativo: é amor em exercício de salvação. Se o amor é a qualidade essencial de Deus, a misericórdia é este mesmo amor exercitado para com a criatura humana, revelando a qualidade ativa de Deus.
Assim, a misericórdia se mostra muito mais na experiência do dia a dia, do que na conceituação teológica, catequética ou espiritual. E ainda que tal experiência se revista de beleza, o “lar” da misericórdia não é o discurso e nem explicações, porque as crianças abandonadas, os andarilhos e os excluídos da sociedade não “comem” explicações. O “lar” da misericórdia é a solidariedade. Seus órgãos vitais são o coração e as mãos que erguem o caído, curam o ferido, abraçam o peregrino, alimentam o faminto.
A misericórdia que Deus exige de você e de mim não é outra senão a evangélica que consiste em 14 obras, divididas em sete corporais: dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, acolher o forasteiro, vestir quem está nu, visitar os doentes e assistir aos prisioneiros e sepultar dignamente os mortos. Todas essas obras centradas na exortação “cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes” (Mt 25,40).
E também sete obras espirituais: dar bom conselho a quem necessita, ensinar os ignorantes, corrigir os que erram, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, suportar com paciência as fraquezas do próximo, rogar a Deus pelos vivos e mortos.
Meu irmão, em Emaús e à beira do lago da Galileia, Jesus toma o pão, abençoa e reparte. Os discípulos O reconhecem, por causa de Seu tato característico (Lc 24,30; Jo 21,12-13). Que gestos você tem feito para que as pessoas o reconheçam como discípulo de Jesus? Saiba que os gestos alimentam, curam e restauram. Eles são toques da misericórdia de Deus.
O nosso mandato é a prática da misericórdia para com o irmão: “Vai e faze o mesmo!”

Quaresma na Terra Santa

A Quaresma tem início na Quarta-feira de Cinzas e seu término ocorre na Sexta-feira Santa com a celebração da Missa da Ceia do Senhor. Este período é reservado para reflexão e conversão pessoal.
Estando na Terra Santa, lugar onde estes acontecimentos ganham autenticidade, os cristãos vivem este itinerário com o auxílio da Igreja, pois esta é muito presente na vida dos fiéis locais e dos peregrinos vindos do mundo inteiro. Eles lotam as ruas de Jerusalém mesmo num tempo de inverno rigoroso.
Durante a vigília, as portas do Santo Sepulcro são abertas já no primeiro domingo da Quaresma. Este é um antigo ritual, no qual franciscanos (ordem religiosa que detém a custódia dos lugares santos há centenas de anos) e fiéis dão início à sua caminhada espiritual de preparação para a Semana Maior [Semana Santa].
Via Sacra nas vielas de Jerusalém
Rigorosos no jejum, não comem carne vermelha durante todo este período quaresmal, nem  mesmo aos domingos.
Os Santuários, palcos dos momentos finais de Jesus antes de Sua morte e ressurreição, ganham relevo com celebrações próprias. A cada quarta-feira, os cristãos se reúnem para orações específicas, realizadas às 15h. São momentos de interiorizarão e meditação sobre a Paixão e Morte de Jesus.
Toda sexta-feira, os frades caminham pelas vielas da cidade velha de Jerusalém recitando a Via-sacra nas diversas línguas. Mesmo em meio ao mercado árabe, o clima que envolve todo o percurso é de oração e meditação.
Este período é tão respeitado que nenhum cristão, que vive nesta Terra Santa, casa-se nesta época, já que casamento remete a festas e celebrações.
Para a festa pascal, um doce muito popular é confeccionado pelas famílias. Conhecido como “Coroa de Cristo”, a iguaria recorda os momentos de dor e angústia de Jesus, pois traz em si o significado da doação feita pelo Redentor ao homem e que não deve cair no esquecimento, mas precisa ser algo presente na vivência cristã.
Jackline Tushye, cristã católica que vive na cidade de Belém, nos falou sobre como vive o período quaresmal: “É um tempo propício, busco auxílio para esta vivência na Palavra de Deus, desta forma, renovo minha fé, meu amor a Deus e ao próximo”.
Vinda de uma família cristã, ela nos fala de propósitos feitos em comum: “Nas quartas e sextas-feiras, fazemos jejum em nossa casa com a abstinência de carne e de doces. Esse dinheiro que seria usado para este fim, doamos para aqueles que mais necessitam”. Ela encerra sua entrevista nos deixando uma lição de vida: “A vida de um homem não depende do quanto ele tem, mas do quanto doa”.
Falando deste apelo, a Igreja da Terra Santa conta, anualmente, com a ajuda de cristãos do mundo inteiro. A coleta da Sexta-feira Santa está inserida na causa da paz, pois os irmãos e as irmãs da Terra de Jesus desejam ser instrumentos eficazes nas mãos do Senhor para o bem de todo o Oriente.
Esta iniciativa é, em toda parte, a via ordinária e indispensável para promover a vida dos cristãos nesta amada terra.
Caminhemos nesta espiritualidade cristã, pois é o tempo propício. É um período de nos aprofundarmos no seguimento do Cristo, pobre, humilde e crucificado. Esse seguimento torna-se um encantamento que, por sua vez, leva à configuração com o Ressuscitado.
Uma Santa Quaresma a todos!

Confissão, festa do pecador arrependido

A confissão é o sacramento da misericórdia de Deus, é a festa do pecador arrependido.

“Aqueles que se aproximam do sacramento da penitência obtêm da misericórdia divina o perdão da ofensa feita a Deus e ao mesmo tempo são reconciliados com a Igreja que feriram pecando e a qual colabora para sua conversão com caridade, exemplo e orações.” (Conc. Vat. II, LG 11)

Cristo confiou o exercício do poder de absolver os pecados ao ministério apostólico. A este é confiado o “ministério da reconciliação” (cf. II Cor 5,18). O apóstolo é enviado “no nome de Cristo”, e é Deus mesmo que, por meio dele, exorta e suplica: “Reconciliai-vos com Deus” (II Cor 5,20).