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'A cinza é um daqueles sinais materiais que levam o cosmo para dentro da Liturgia', explicou o Pontífice
No início de sua homilia, o Santo Padre fez uma breve reflexão sobre o significado das cinzas, um elemento da natureza que se torna um símbolo sagrado importante quando inserido no contexto da Liturgia. Ele explicou que as cinzas são um sinal ligado à oração e à santificação do Povo cristão.
O Papa lembrou ainda uma passagem do livro de Gênesis (Gen 3,19): “Recorda-te que és pó, e em pó te hás de tornar". Esta passagem, segundo o Pontífice, mostra o juízo pronunciado por Deus após o pecado original: “Deus amaldiçoa a serpente, que fez cair no pecado o homem e a mulher; depois pune a mulher anunciando-lhe as dores do parto e uma relação desigual com o marido; por fim, pune o homem, anuncia-lhe a fadiga no trabalhar e amaldiçoa o solo”, explicou.
No entanto, Bento XVI ressaltou que, na punição, identifica-se uma boa intenção de Deus. Ao dizer ao homem “Tu és pó e pó voltarás a ser!”, a intenção é também anunciar o caminho da salvação, que passará mediante a terra. Nesse sentido, o Papa explicou que a palavra de Gênesis é retomada na Quarta-feira de cinzas “como convite à penitência, à humildade, a dar-se conta da própria condição mortal, mas não para cair no desespero, mas para acolher, justamente nessa nossa mortalidade, a impensável proximidade de Deus”.
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