Evangelho (Mateus 9,32-38)
Terça-Feira, 10 de Julho de 2012
14ª Semana Comum
Acolhemos o chamado de Cristo quando fazemos tudo
por amor
Jesus vinha fazendo muitos milagres, salvando as
pessoas de doenças e de suas dores e, ao mesmo tempo, despertando a fé daquele
povo que estava adormecido para as coisas do Pai. Durante a caminhada, naquele
dia, encontra-se com uma multidão que lhe apresenta uma pessoa surda e possessa
pelo demônio. Jesus expulsa o demônio e a pessoa passa a ouvir e falar
normalmente. O povo fica cada vez mais admirado com todas as maravilhas que Ele
fazia.
Ontem, como hoje, vemos muita gente sempre
esperando que o Senhor repita milagres e mais milagres na sua vida, para que
possam manter acesa a sua fé. Hoje, sabemos tudo sobre o plano de salvação que
Ele trouxe como Sua missão: salvar um povo de “cabeça dura”.
“Cabeça dura”, muitas vezes, não por conta própria,
mas porque eles estavam aflitos e abandonados, como ovelhas sem pastor. Assim,
Jesus vem reinstalar – com Sua vida, com Sua Paixão, Morte e, principalmente,
com a Sua Ressurreição – o Reino do Pai, novamente baseado no amor e suas
consequências, ou seja, no perdão, na doação, na honra, na verdade, na
felicidade e na responsabilidade assumida por cada filho Seu, gerado aqui na
Terra. Mas, nem tudo foi um “mar de rosas” para Ele, pois os fariseus diziam:
“É pelo poder do príncipe dos demônios que ele expulsa os demônios”.
Nos dias atuais, Jesus continua Sua missão conforme
Sua promessa em nosso meio. Sempre nos guiando e nos guardando para que sejamos
felizes e, pedindo-nos, como naqueles dias, que fortaleçamos o Reino do Pai
aqui na Terra: “A messe é grande, mas, os trabalhadores são poucos. Rogai ao
Senhor da messe, que mande mais operários para a sua messe”.
Só que o povo, tão evoluído com as coisas
materiais, esqueceu-se de vigiar, cada um, a sua vida, o dom recebido do Pai
amoroso, para que ela não se perca; para que ela [vida] seja sempre mais uma
realização da bondade do Criador, vivendo-a como um meio para ajudar na sua
salvação e na salvação dos outros irmãos.
Muitos são os que precisam mudar de vida para
reencontrar-se com o Pai, transmitindo aos que o cercam só o amor, o bem e a
fraternidade, orando e agindo em nome de Deus no trabalho da messe. Não
esperemos como muitos que vivem ao bel prazer, uma vida egoísta, ignorando a
dor e o sofrimento de tantos à nossa volta durante a nossa caminhada. Achando
que a fortuna e tudo o que é material que acumulamos nos bastam. De repente,
fica-se doente; de repente um mal incurável, que pode atingir a qualquer um,
com ou sem dinheiro.
Nós acolhemos o chamado de Cristo quando fazemos
tudo por amor. A vivência desse amor anima as pessoas enfraquecidas, cansadas e
sem perspectiva. O amor vence o ódio e expulsa dos corações a intriga, a
divisão, a incompreensão. Se fizermos como Jesus fez, estaremos sendo
trabalhadores da Sua messe. Quanto mais nós nos apresentarmos à vinha do
Senhor, mais “surdos e mudos” serão curados.
Você já se sente liberto (a) do demônio que
paralisa os lábios do homem? Você conhece quando as pessoas à sua volta estão
desanimadas e sem esperança? O que você diz a elas? Você tem ajudado a alguém
pelo menos escutando e acolhendo? Você se considera trabalhador na messe de
Cristo? Em que você tem empregado o seu tempo livre? Senão, o tempo é este e a
hora é agora. Respondendo ao chamado de Jesus, levante-se e vá anunciar a cura,
a libertação, a paz e o amor de Deus no coração dos seus irmãos que, como
ovelhas sem pastor, caminham para a perdição.
Padre Bantu Mendonça - Canção Nova
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